![]() |
créditos: Daniel Rocha - Público |
Cerca de 99% das demissões governativas e de cargos públicos são por razões pessoais e de índole familiar.
A prática demonstra que a argumentação não passa de retórica política porque a totalidade desses 99% dos casos representa falta de confiança política, erros graves de governação ou de gestão, opiniões contrárias à estratégia do governo. E começam a ser demasiados os exemplos (veja-se o caso da reforma da administração local e o confronto com as autarquias, veja-se as excepções aos cortes salariais na função pública e sector empresarial do Estado, etc...).
E por mais que se queira demonstrar o contrário (ou afirmar o contrário) este Governo já deu provas que não sabe (ou não quer) lidar com pressões, com tráfegos de influências, com lobys. Recorde-se as vozes do sector empresarial que vieram em defesa do ministro da Economia e em defesa da gestão dos fundos comunitários do QREN sob a tutela do Ministério da Economia.
Querer encobrir uma clara intromissão do poder da EDP no mercado da energia e nas políticas energéticas do governo é apenas tapar o sol com a peneira.
Não pode ser alheia a este processo o facto do secretário de estado demissionário, Henrique Gomes ter travado um braço-de-ferro no interior do governo e com a EDP e António Mexia no que respeita às rendas devidas à empresa. Como se não bastasse um quase que totalitário monopólio no mercado...
O governo dá mostras de falta de energia... ou, pelo menos, com quebras na alimentação energética do rumo do país.
Sem comentários:
Enviar um comentário