Já é por demais sabido que o País não nutre pela ASAE um "carinho" especial. Também não é novidade nenhuma que o País nunca nutriu qualquer afectividade, nem respeito, por qualquer acção que nos obrigue a respeitar as normas e as leis. Aliás, sempre foi nosso princípio elementar da nossa identidade nacional que Lei que é Lei tem que ser desrespeitada.À acção/actividade da ASAE, apelidada de fundamentalista, salazarista e "etc e tal", só resultou, como exemplos, um maior cuidado higiénico nos restaurantes, uma maior justiça e equidade nas transacções comerciais, etc.Agora... a nova polémica prende-se com a acção fiscalizadora da ASAE junto das IPSS (Instituições privadas de Solidariedade Social - vulgo Infantários, Centros Sociais, Centros Dias, ...). É sabido que estas Instituições socorrem-se inúmeras vezes da solidariedade individual e comunitária, garantindo assim a sua sobrevivência. É igualmente sabido que o Estado tem reduzido os apoios, criando dificuldades acrescidas em áreas que seriam da sua responsabilidade e que estas instituições acabam por colmatar (sendo de cariz religioso ou não).Tive a minha filhota, durante 7 anos, integrada num Infantário/ATL. Não tenho qualquer razão de queixa, bem pelo contrário. Sempre me senti seguro e confiante em relação aos cuidados que lhe foram prestados, desde auxiliares a educadoras. Mas será sempre assim?Com que direito estas Instituições, sob a capa da solidariedade e da acção social, se podem dar ao "luxo" de não cumprir com as mais elementares regras de higiene, segurança, cuidados alimentares, cumprimento de normas ficais?Só por que vivem da e fazem caridade? E os seus "utentes", não tem o direito a alimentação no prazo e em condições, à segurança nas instalações, a serviços de e com qualidade e a que o que pagam tenha o fim apropriado?Ninguém deve, nem pode estar, acima da lei (nem mesmo o fumador do primeiro-ministro).Agora... que também se percebe alguma preocupação por parte do presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social (CNIS): e ao sector público (instituições tuteladas pelo estado) também vai ser exigido mesmo?A ver vamos...
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