“Debaixo dos Arcos” foi, e ainda é, o primeiro blogue não virtual de Aveiro. Espaço de encontro, “tertúlia” espontânea, “diz-que-disse”, fofoquice pegada, críticas e louvores, ..., é uma zona nobre da cidade, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontram e conversam sobre "tudo e nada": o centro do mundo...

10 dezembro 2007

12º ano e estamos garantidos!

O Primeiro-Ministro José Sócrates referiu hoje, na entrega dos primeiros diplomas obtidos no programa Novas Oportunidades, que o 12º ano tem que ser visto como o “patamar” mínimo das qualificações dos cidadãos activos.
Tal princípio é, segundo o próprio, sustentado por duas questões fundamentais:
- apenas 3 em cada 10 portugueses terminaram o 12º ano;
- o 12º ano é o mínimo indispensável para se obter sucesso na vida.
Não restam dúvidas que Portugal contempla um dos mais tristes cenários europeus no que respeita ao nível de qualificações. Quanto a isso estamos perfeitamente de acordo.
Agora…
No actual estado do ensino básico e secundário (“livra-se” daqui o superior, por exceder o âmbito da análise e não porque seja melhor) desde quando é que o 12º ano é garantia de aquisição de conhecimento e qualificação?
Desde quando é que a obtenção do 12º ano é garantia de responsabilidade, consciencialização social, garantia de sucesso? Se para tal basta faltar às aulas, agredir colegas e professores e depois fazer uns testes de “nova oportunidade de reinserção”.
Face ao que hoje Portugal assiste no domínio da educação que diferença faz ter o 9º ano ou o 12º ano, já para não referir uma grande quantidade de aptidões superiores que na prática se reduzem a trabalho temporário nas caixas dos hipermercados ou nos “call center” portugueses?
É esta a qualificação que o Sr. Engenheiro, Primeiro-Ministro de Portugal pretende?
Somos um país cada vez mais embrenhado na politiquice sem estruturação e sustentabilidade.
Hoje é assim, amanhã logo se vê. Quanto ao resto, estamos conversados.

1 comentário:

AC disse...

É! é essa a qualificação que fará do nosso colectivo, um povo se sucesso.

Depois se verá em quê.

Abraço