
Um relatório encomendado pelo Governo (e disponível num blog do site da TVI) avança várias propostas para o Sistema Nacional de Saúde, como por exemplo, a redução do número de isentos de taxa moderadora, a subida do valor das taxas e a criação de um novo imposto.
Segundo o estudo encomendado pelo Governo, cerca de 55 por cento da população está isenta do pagamento das taxas moderadoras. Face a estes valores é recomendado que apenas sejam abrangidas pela isenção pessoas com dificuldades financeiras e quem necessite de cuidados médicos continuados.
Como se 55 por cento da população não fosse um valor representativo da tal franja de cidadãos com dificuldades financeiras, face à realidade económica nacional.
Além disso, o estudo recomenda ainda uma redução da dedução fiscal no IRS das despesas com a saúde, dos actuais 30 para apenas 10 por cento. É ainda equacionada a criação de um imposto para a saúde, dependente dos rendimentos do utente.
Mas este estudo tem ainda a sua “cereja em cima do bolo”.

Assim, os doentes que fizerem um «uso excessivo» de consultas sem justificação clínica, nos serviços públicos de saúde, devem pagar mais, bem como a compartição pelo SNS das consultas de um utente, que não seja doente crónico ou não tenha de realizar tratamentos prolongados, deveria limitar-se a três por semestre.
Aliás parece-me óbvio que, excluindo os casos patológicos, qualquer cidadão desta república das bananas (mesmo sem bananeiras) tenha o prazer de necessitar de cuidados médicos, sempre que o tédio lhe assolar a alma.
Para o Ministério da Saúde e para o brilhantismo do Sr. Ministro Correia dos Santos, os cidadãos deste país são viciados numa matiné qualquer hospitalar, como o são com o tabaco, o café ou o álcool.
Portanto… taxe-se!
Pela nossa saúde.
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