“Debaixo dos Arcos” foi, e ainda é, o primeiro blogue não virtual de Aveiro. Espaço de encontro, “tertúlia” espontânea, “diz-que-disse”, fofoquice pegada, críticas e louvores, ..., é uma zona nobre da cidade, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontram e conversam sobre "tudo e nada": o centro do mundo...

09 março 2006

Coerência política

Sem ferir constitucionalidades, o que o povo espera de Cavaco Silva como Presidente é o que o motivou para no passado dia 22 de Janeiro o conduzir em tão elavado cargo político da nação: ser um presidente efectivo, activo e participativo.
Este foi igulamente um propósito que Cavaco Silva sempre transmitiu em todos os seus discurso: ser um garante de estabilidade e de cooperação estratégica.
Neste seu discurso de optimismo, confiança e unidade (embora para o sector mais à esquerda da política portuguesa, unidade é um léxico do passado), outra nota que merece o meu destaque foi o da coerência política entre o que o Professor foi transmitindo aos portugueses desde o anúncio da sua candidatura até ao dia das eleições. Esta coerência (que alguns tristes comentadores políticos apelidaram de falta de originalidade) revelou-se nas cincos preocupações nacionais que se depreendem do seu discurso:
o crescimento económico e redução do desemprego para um melhor desenvolvimento sustentável;
recuperação da educação e melhores políticas de recursos-humanos;
a credibilidade da justiça;
melhoria do sistema de Segurança Social como garante de estabilidade social;
e a credibilização do sistema político, dos políticos e da politica.
Discurso eloquente, sem ser "politicamente correcto" e já com alguns "recados" ao governo, que diga-se em abono da verdade e da democracia e pluralidade, teve um comportamento exemplar em relação ao discursos e à tomada de posse do novo PR.
Prevê-se assim, a coabitação institucional tão falada, o que, como já aqui referi, poderá trazer muitas preocupações para o espaço político à direita e a capacidade de oposição por parte do PSD e do CDS.PP.
A realidade é de um país que precisa deste Presidente.E ele já cá está.
E agora (como muitas vezes diz o amigo Dr. Raúl Martins) é esperar para ver e para julgar.

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