da economia, do orçamento de estado, das greves, do funcionamento da justiça, das reformas, das eleições, do processo casa pia e dos árbitros de futebol, etc., etc.... Há mais vida... por exemplo nas cidades. Por exemplo em Lisboa... Por exemplo com o encontro da Igreja, a Cidade e a vida urbana. Com o Congresso Internacional da Nova Evangelização.
Da necessidade da Igreja dialogar com a sociedade já Aqui fiz referência.
A Igreja tem que ser mais aberta, menos dogmática, mais interventiva e mais próxima dos Homens.
Quantas crianças e adolescentes, nos tempos de hoje, se interrogam sobre o que é 'um edifício com uma cruz e um sino' para além da interrogação do porquê algumas pessoas se encontrarem lá. Hoje há crianças e adolescentes que não sabem o que é uma igreja (no seu claro e básico significado). Porque a Igreja continua 'fechada', desenraizada da vida, seja ela urbana ou rural.
Daí que o conceito de '(re)evangelizar', por todos e para todos, se torna prioridade. E não é com celebrações de fé como a que ocorreu no passado Domingo em Fátima que as pessoas e a Igreja se tornarão mais comungadas. Em vez de se celebrar a 'festa' da Eucaristia, muitos 'devotos' estiveram mais atentos às prestações musicais do Sr. Marco Paulo ou da Sra. Joana (Brasil).
Assim, por contraposição, faz muito mais sentido que a Igreja desça à 'rua', seja interventiva, faça parte da vida das pessoas e das comunidades. Que a Igreja se transforme internamente, para poder transformar a sociedade.
No entanto, a Igreja continua a viver o paradoxo dos 'balões de oxigénio'. Quem já viveu 'muitos pontos altos' da Igreja (na pastoral juvenil, no movimento estudantil, na espiritualidade ecuménica de Taizé) e que marcam fortemente a experiência vivida, sente posteriormente o fracasso da não continuidade, de não se transpor para a vida comum essas vivências. Por timidez e receio, pela própria vida, por oposição e relutância do conservadorismo eclesial. Este marco importante para a posição da Igreja no mundo e que se vive em Lisboa, que reflexos futuros vai ter? As portas das igrejas estarão mais 'abertas'?! A Igreja será mais interventiva?! Porquê não transpor a acção para uma vivência comum nas cidades portuguesas (por exemplo dioceses).
Nestas últimas semanas D. António Marcelino (Bispo de Aveiro) tem descrito, no Diário de Aveiro, com particular clareza, o vazio que alguns sectores da sociedade actual vivem, nomeadamente a cultura política. Nunca vi 'pecado' algum na relação da Igreja com a política, com o desporto, com a economia, com o ensino, com a saúde, etc., sendo estas facetas importantes na vida das pessoas (não se pode deixar de ser político ao Domingo e deixar de ser católico à semana). No entanto acho que a reflexão feita por D. António Marcelino deveria também tocar a própria Igreja, o seu 'umbigo'.
Termino com uma referência ao editorial do Diário de Notícias do dia07.11.2005, Aqui, de João César das Neves: "A certeza serena de Cristo vivo." Um texto profundamente brilhante.
Amén
A Igreja tem que ser mais aberta, menos dogmática, mais interventiva e mais próxima dos Homens.
Quantas crianças e adolescentes, nos tempos de hoje, se interrogam sobre o que é 'um edifício com uma cruz e um sino' para além da interrogação do porquê algumas pessoas se encontrarem lá. Hoje há crianças e adolescentes que não sabem o que é uma igreja (no seu claro e básico significado). Porque a Igreja continua 'fechada', desenraizada da vida, seja ela urbana ou rural.
Daí que o conceito de '(re)evangelizar', por todos e para todos, se torna prioridade. E não é com celebrações de fé como a que ocorreu no passado Domingo em Fátima que as pessoas e a Igreja se tornarão mais comungadas. Em vez de se celebrar a 'festa' da Eucaristia, muitos 'devotos' estiveram mais atentos às prestações musicais do Sr. Marco Paulo ou da Sra. Joana (Brasil).
Assim, por contraposição, faz muito mais sentido que a Igreja desça à 'rua', seja interventiva, faça parte da vida das pessoas e das comunidades. Que a Igreja se transforme internamente, para poder transformar a sociedade.
No entanto, a Igreja continua a viver o paradoxo dos 'balões de oxigénio'. Quem já viveu 'muitos pontos altos' da Igreja (na pastoral juvenil, no movimento estudantil, na espiritualidade ecuménica de Taizé) e que marcam fortemente a experiência vivida, sente posteriormente o fracasso da não continuidade, de não se transpor para a vida comum essas vivências. Por timidez e receio, pela própria vida, por oposição e relutância do conservadorismo eclesial. Este marco importante para a posição da Igreja no mundo e que se vive em Lisboa, que reflexos futuros vai ter? As portas das igrejas estarão mais 'abertas'?! A Igreja será mais interventiva?! Porquê não transpor a acção para uma vivência comum nas cidades portuguesas (por exemplo dioceses).
Nestas últimas semanas D. António Marcelino (Bispo de Aveiro) tem descrito, no Diário de Aveiro, com particular clareza, o vazio que alguns sectores da sociedade actual vivem, nomeadamente a cultura política. Nunca vi 'pecado' algum na relação da Igreja com a política, com o desporto, com a economia, com o ensino, com a saúde, etc., sendo estas facetas importantes na vida das pessoas (não se pode deixar de ser político ao Domingo e deixar de ser católico à semana). No entanto acho que a reflexão feita por D. António Marcelino deveria também tocar a própria Igreja, o seu 'umbigo'.
Termino com uma referência ao editorial do Diário de Notícias do dia07.11.2005, Aqui, de João César das Neves: "A certeza serena de Cristo vivo." Um texto profundamente brilhante.
Amén
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