Poderá parecer algo insensato, desconexado face à realidade e às dificuldades que o país atravessa... mas a verdade é que o recurso a inconstitucionalidades ou a a sustentação de constitucionalidades tem sido mais prejudicial do que benéfica para o país, concretamente nas reformas necessárias para o desenvolvimento nacional e ultrapassar este ciclo de crise profunda. Tome-se como exemplo, a necessária e urgente reforma administrativa do país, nomeadamente no que se refere à regionalização e ao poder e gestão das autarquias.
Daí que, no seguimento do que já havia feito (dito) na celebração do 10 de Junho, em Castelo Branco, de uma forma coerente, consistente e inteligente, António Barreto tenha defendido, mais uma vez (agora em Castelo de Vide no decurso da Universidade de Verão do PSD), a reformulação ou a criação de uma nova Constituição da República Portuguesa.
E os argumentos são simples mas muito válidos:
- a revisão da carta magna do país é uma tarefa urgente: "A revisão constitucional, ou a refundação da Constituição, ou a
elaboração de uma nova Constituição é uma tarefa muito urgente, muito
séria e que não deve ser feita como no passado";
- a Constituição de 76 foi feita durante a maior crise que Portugal já viveu: “E foi essa Constituição que ajudou a resolver a crise”;
- a actual Constituição não é, obviamente, a causa dos problemas de Portugal, mas impede o país de encontrar melhores soluções:
“Defendo uma nova Constituição, cuja estrutura, essência, dimensão,
linguagem, propósito sejam muito diferentes da actual”;
- uma carga ideológica excessiva e lamentou com princípios que impedem
algumas reformas: "a procura livre de soluções para muitos problemas e
que condicionam os Governos, a Assembleia da República e o
próprio legislador";
- condiciona e transforma frequentemente os debates políticos em ‘a favor’ ou
‘contra’ a Constituição, em vez de “se discutirem os méritos das
propostas apresentadas";
- “todas as gerações têm o direito de rever a Constituição, sobretudo quando é muito política ou programática”, defendendo um referendo sobre a aprovação de uma nova constituição.
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