A ferro e fogo poderá ser uma das expressões que melhor identifica o cenário dantesco que se vive por terras de "Sua Majestade" e que, como muitos previam, já extravasou os limites da capital londrina.
Por mais que tente não consigo encontrar justificações para aqueles actos.
Não merecem o mínimo de respeito e de consideração por aquilo que fazem às suas cidades, às suas comunidades e à população inocente! Se não fossem cobardes e "assassinos" destapavam a cara! Tudo pelo simples "gozo" de ver tudo pilhado, danificado e a arder.
Não merecem o mínimo de respeito e de consideração por aquilo que fazem às suas cidades, às suas comunidades e à população inocente! Se não fossem cobardes e "assassinos" destapavam a cara! Tudo pelo simples "gozo" de ver tudo pilhado, danificado e a arder.
Mas não são totalmente isentos de responsabilidades o Governo e as forças policiais britânicos, pela tardia resposta e pela forma insípida como foi assegurada a segurança das pessoas e bens. Não se impunha um recolher obrigatório?! Não se impunha a presença dissuasora de mais reforços e da intervenção militar?! Ou isso é apenas para o terceiro mundo, independentemente das consequências?!
O Governo Inglês e a Polícia britânica nunca esperariam uma dimensão destas, por subvalorização dos acontecimentos e por acharem que estas coisas só acontecem nos outros países: os que são pobres, incultos, anti-democráticos, subdesenvolvidos, etc.
E, por outro lado, começa a ser preocupante que tenham de ser as próprias comunidades a assegurar a sua segurança e bem-estar, com os perigos de uma escalada de radicalismos, fanatismos e extremismos!
E nem se preocuparam em perceber a génese dos acontecimentos. Algo aliás que tem motivado os mais diversos diálogos, como o que tive, ontem, no Twitter com as colegas Daniela Espírito Santo e a Susana Martins.
Do "debate" saíram opiniões como as questões relacionadas com a disfunção geracional, a crise de valores e a ausência de referências, o reforço da democracia e da ligação dos partidos e dos políticos com os cidadãos, exclusão comunitária e social...
Como dizia a Daniela "chamem-lhes the iPhone generation, the internet generation, downloads, etc. Acho que é mais lost generation!", por não se sentirem parte de nada.
E o que mais deveria preocupar todos (cidadãos, comunidades locais, entidades como a escola, governos, etc) é que o fenómeno da criminalidade gratuita vai alastrar a muitos lados, face à realidade social, económica e política que vivemos.
E não se pense que não começou já... Veja-se os acontecimentos constantes na zona de Lisboa e a onda de assaltos no Algarve. Não é apenas o que arde ou o que é vandalizado que deve ser preocupante.
À parte, este comentário do jornalista do Público, Luciano Alvarez, é soberbo: "Não há por ai uma rede social que acabe com a matança na Siria ou com a fome no Corno de África?" (a propósito da explosão dos acontecimentos ter sido, também, programada nas redes sociais).
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