“Debaixo dos Arcos” foi, e ainda é, o primeiro blogue não virtual de Aveiro. Espaço de encontro, “tertúlia” espontânea, “diz-que-disse”, fofoquice pegada, críticas e louvores, ..., é uma zona nobre da cidade, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontram e conversam sobre "tudo e nada": o centro do mundo...

10 fevereiro 2011

A propósito… infelizmente!


No seguimento deste post “Medidas… desmedidas” nada melhor que justificar a fundamentação que apresentei, com um caso mais que prático e realista.
Existe uma Autarquia (Loures), com Serviços Municipalizados (SMAS de Loures) e uma Freguesia e respectiva Junta de Freguesia (Santa Iria de Azóia).
O contexto, de forma muito linear, é traduzido por um episódio de greve (constitucionalmente um direito inalienável) pelos funcionários dos SMAS de Loures que reivindicam a manutenção de um subsídio (complemento) que a legislação define como ilegal. Resultado: há dez dias que não há recolha de lixo na Freguesia e Vila de Santa Iria de Azóia.



Há parte disto, o que, por si só, não é pouco (uma questão de imagem, de limpeza, de respeito pelos cidadãos, de saúde pública, de empenho político), houve, por parte de alguns cidadãos, a pressão junto do Executivo da Junta de Freguesia para a solução do problema, ou, pelo menos, a sensibilização para a necessidade do mesmo Executivo agir junto da Autarquia e dos SMAS de Loures. Até agora sem resultados práticos e positivos.
Mas o que importa ainda realçar (a tal ligação com o post) é a incapacidade da Junta de Freguesia para resolver um problema da sua área de jurisdição. Como acontece em muitas outras situações por este país fora. A incapacidade política e de gestão de inúmeros executivos de freguesia que dependem do poder municipal ou de outras entidades para poderem realizar alguma actividade. Daí que a relevância do tema vá ganhando, cada vez, mais impacto e importância: a reformulação do mapa do poder autárquico nacional (Freguesias e, até mesmo, Municípios), questionando-se o papel e o número de muitas freguesias e câmaras municipais.
Entretanto, os cidadãos que pagam os seus impostos, que prezam pela imagem das suas comunidades, vão, desesperadamente, vivendo no meio do LIXO! Em pleno século XXI.

Sem comentários: