“Debaixo dos Arcos” foi, e ainda é, o primeiro blogue não virtual de Aveiro. Espaço de encontro, “tertúlia” espontânea, “diz-que-disse”, fofoquice pegada, críticas e louvores, ..., é uma zona nobre da cidade, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontram e conversam sobre "tudo e nada": o centro do mundo...

30 setembro 2007

A azia dos derrotados

Na formação dos jovens atletas, dizemos no basquetebol, que “ganhar e perder é desporto” e que o principal é saber encarar as vitórias e as derrotas como um processo competitivo.
Assim também o deveria ser na política.
A humildade de saber perder e saber ganhar é um processo vital na democracia. Daí resultam os políticos verdadeiramente democráticos, éticos e sólidos.
Assim alguém explique à Sra. Dra. Paula Teixeira da Cruz que as azias ou as cólicas curam-se na farmácia.
A humildade, o respeito e o reconhecer a superioridade do adversário, no fundo o saber viver com as vitórias e derrotas da vida e da política é que estruturam um sólido e coerente politico.
E em política, os erros pagam-se (como as intercalares de Lisboa). Em política, as “birrinhas” têm o seu preço (como na distrital de Lisboa). Em política movemo-nos por interesses colectivos e não individuais ou o mero “agarrar” o poder (como a não renúncia à Assembleia Municipal de Lisboa). Em política há projectos, valores e princípios diferentes dos nossos. Em política devemos saber reconhecer e respeitar que há outros valores e princípios que, diferentes dos nossos, podem ter a preferência da maioria.
Quem não souber reconhecer isto está, claramente, a mais na política. E é por essas atitudes que a imagem dos políticos e dos partidos está degradada. Por isso e por declarações como as que a Sra. Dra. proferiu após o conhecimento dos resultados: “Esta foi uma derrota de princípios, de valores. Como foi uma derrota de princípios e de valores não estou nada satisfeita”.
Não é que me crie qualquer constrangimento as “guerrilhas” internas do PSD. Nem tão pouco… mas por uma questão de princípios e de defesa dos “valores” que a política deveria ter.

2 comentários:

AC disse...

O Miguel, parece-me, levar muito a sério, gentinha insignificante e irrelevante, como é o caso da dita e dos outros senhores que concorreram às eleições da junta de freguesia deles.

A questão é que esta fauna, só nos empata enquanto povo, só nos atrasa social e economicamente. A eleição de qualquer destes anões, tem um preço demasiado elevado para que se tente justificar a sua existência política.

Toda esta cena de faca e alguidar, se resume a mais uma oportunidade perdida, mais alguns anos de espera por um Sebastião que nem sequer sabemos, se virá.

Cpts

Migas (miguel araújo) disse...

Amigo Abel Cunha
Não me parece que eu levo a sério. Antes pelo contrário. São pessoas que tais que cada vez afastam os cidadãos da política e transformam esta num jogo cada vez menos ético e valorizado.
No entanto, por mais afastados que estejamos desta realidade (como parece estar o meu caro amigo), a verdade é que a estrutura democrática depende dos partidos políticos e, como em tudo na vida (não sejamos mais papistas que o papa), temos que aturar políticos e "políticos".
Só consigo descurtinar uma alternativa sebastianista - e cada vez acredito mais nela: os movimentos de cidadãos.
Um abraço e obrigado pelo e-mail sobre a causa da nossa ria que pertence a todos e que por todos devia ser cuidada e valorizada.