E primeiro lugar, não sou social-democrata, nem tenho qualquer intenção de o ser (nem hoje, nem nenhum dia). E como já o afirmei por diversas e distintas vezes, sou centrista (quando muito cada vez mais desiludido com a realidade partidária nacional - do meu e do dos outros).
Não me aquecendo, nem me arrefecendo quem ganharia as eleições internas no PSD, a verdade é que, para quem gosta de política e para quem se preocupa com uma eventual alternância governativa (embora se afigure muito remota - mas já houve milagre em Aveiro, porque não no país) estas eleições também não deixam de causar alguma curiosidade.
Se, na hipotética situação de militante, tivesse que votar, o meu voto seria em Filipe Menezes, por várias razões (também em jeito de análise):
1. O fim da era sulista e elitista.
2. A necessidade de ruptura com o poder dos barões e o dar a voz às bases (que no fundo sustentam o partido).
3. A capacidade de "lutar" contra todas as dificuldades postas a esta candidatura pelo aparelho (poder instalado e respectivos caciques).
4. Por uma oposição mais frontal, realista e dinâmica.
E esta foi a resposta dos militantes daquele partido.
Estatística e matematicamente, os números são significativos e revelam, acima de tudo, um desfazamento entre as estruturas, por exemplo distritais (maioritariamente ao lado de Marques Mendes) e as bases: veja-se o caso de Lisboa (com larga vantagem para Menezes - mais de 300 votos de diferença) e em Faro (Macário Correia era apioante de Mqrques Mendes) onde Menezes conseguiu 460 votos de diferença. Mesmo em Aveiro, apesar do apoio da Distrital a Mendes, Filipe Menezes apenas perdeu por 12 votos. Por fim registe-se as expressividades de voto no autarca de Gaia a Norte do País (Braga mais de 1100 votos; Bragança quase 180 votos; Viseu 700 votos contra 5 de Mendes; Porto quase 3200 votos e ainda Viana do Castelo, Vila Real e Portalegre).
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