A reunião do G8 na Alemanha está envolta na polémica e no confronto USA-Rússia, a propósito do sector Defesa e da instalação do escudo "anti-mísseis na Europa.
Esta reacção do Presidente Putin a este contexto de defesa, tem como suporte o "complexo" da perda da influência no pós guerra-fria e no desmembramento da antiga URSS, pelo facto de os instrumentos de defesa serem instalados em países de Leste, nomeadamente Polónia e República Checa, outrora aliados da Federação Russa.
Por outro lado, a crescente influência (derivada dos processos de solicitação e de adesão dos países de Leste) da NATO até às fronteiras Russas cria alguma sensação de instabilidade e receio.
É difícil determinar se este recente conflito culminará no retorno ao passado do confronto político e estratégico do período pós II Guerra Mundial (até porque as realidades políticas e geográficas são diferentes). Mas é certo que culminará numa nova guerra-fria, já que é ilusório pensarmos que a Rússia adormeceu militarmente e estrategicamente. Se tal aconteceu, durante a década de 90, pelas alterações geopolíticas resultantes da queda do muro de Berlim e do desmembramento da URSS, não deixa de ser notória a influência, as novas alianças geoestratégicas e as recentes movimentações militares que a Rússia tem desenvolvido na zona mais a Leste da Europa e na Ásia, nomeadamente com a China.
Avizinham-se por isso, tempos controvados e inquietantes.Depois não digam que não avisei.
Como se isso tivesse algum peso, mas enfim... está dito, está dito.
4 comentários:
Tudo o que dizemos, e particularmente as nossas preocupações, têm peso, meu Caro Miguel, nem que seja só um a compreender-nos, ou a quase concordar, connosco.
Pobres de nós, quando nos convencermos que somos “pequeninos” para emitir ou falar seja do que for. Até porque, ao que vemos por aí, muitos daqueles que, “à luz do dia” são os tais capazes e competentes para nos “dirigirem” e governarem, muitas vezes, vezes de mais, são aquilo que os humildes têm vergonha de ser, porque abominam, vigarices, ladroagem, ou incompetências.
Portanto, e para mim, não há cultos a ninguém, e todos, não somos de mais, para transmitirmos o que acharmos por bem.
Já agora o que eu penso sobre a Rússia:
A União Soviética quis-se libertar e conseguiu, e todos “nós” ficamos contentes por isso, convencidos que estávamos, uns e outros, que o mundo ía ser regenerado.
Penso que, para eles, economicamente, poucos ou nenhuns, resultados obtiveram.
É certo, que, adquiriram a liberdade, um bem inquestionável.
Penso que todos os povos aspiram a isso, mas a liberdade com a barriga sempre a dar horas, não serve para nada a ninguém, isto, claro, penso eu.
Depois, dizer que se tem liberdade quando ela está, quase só no “papel” também não é grande liberdade.
Ter “liberdade” e ser violentado na carne e na dignidade moral, dentro e fora do país, é uma ilusão de liberdade a que ninguém aspira.
Efectivamente, a Rússia surpreendeu-nos, viveram eles, e vivemos nós, momentos eufóricos, foi lindo para o mundo, mais para uns que para outros. Mas passados que são todos estes anos, como está?
Creio que continuam com o mesmo vazio, com um vazio maior, porque me parece que lhe estão a perder o respeito, e pior ainda, o medo também.
Estou convencido que lentamente “alguém”(ainda a medo), a vai modelando a seu modo, não se sabendo muito bem como será ela, daqui a alguns anos
Mas acho bem que se vá impondo, não porque queira desarmonia ou movimentos bélicos, seja onde for, mas apenas para que outros, não pensem que andam pelo mundo, como cão por vinha vindimada.
Um abraço e bom feriado.
Meu caro Terra&Sal.
Nem a propósito as suas palavras iniciais.
Num dos trabalhos individuais que academicamente tive que fazer para a cadeira de Teoria da Comunicação (e que felizmente me valeu um 19), o tema que me foi proposto, relacionado com as novas tecnologias, foi a cibercidadania e a blogoesfera (trabalho que pode ser lido no blogue da turma, em http://isciacommunicare.blogspot.com/). Não podia, logicamente, estar mais "dentro de água, qual carapau fresco".
É que esta é uma realidade que a maioria dos cidadãos deste mundo, e muito concretamente, os portugueses ainda não soube assimilar, compreender e aproveitar. Nada mais importante para a realização da condição humana do que se ser livre. Verdadeiramente livre. E a blogoesfera é o local mais priveligiado, neste momento, para o podermos fazer. Expressar as nossas emoções, indignações, concordâncias, dentro do verdadeiro sentido de liberdade de expressão.
E este meio de interacção global é, cada vez mais, mediático, interactivo, ao ponto de, em alguns casos, se falar do conceito de um novo meio de comunicação de massas, mesmo que alguns "velhos do restelo" ainda se "agarrem" a uma legislação deajustada e irrealista do conceito de jornalismo e de jornalista.
Se a liberdade existe (mesmo que dentro de algumas regras, como o limite da nossa liberdade ser a liberdade do outro), só temos o direito e o DEVER cívico de a aproveitar e fazer dela o melhor uso que soubermos.
Quanto à questão Russa, caro amigo, entendo que, em qualquer processo que signifique a ruptura com conceitos tradicionais e muito enarízados na sociedade (económica, política e social), levam o seu tempo a ser reestruturados e alterados. Muito pouco se faz de um dia para o outro. Veja o nosso exemplo, passados mais de 30 anos do 25 de Abril.
E foi dentro deste contexto que (aproveitando - espero que bem - os conceitos geopolíticos até agora aprendidos) que referi que após uma década de algum adormecimento, a Rússia tenta renascer das "cinzas". A questão é se pelas melhores razões...
Um Abraço amigo
Veja lá que ainda se arrisca a substituir o JMO.
Sr. Anónimo
Se é visitante habiual deste modesto espaço, saberá quais são os princípios e os objectivos do mesmo. E saberá também que aqui nunca imperou a "lei da rolha", cabendo sempre a liberdade de expressão, na sua melhor representatividade. Desde que, obviamente, se respeitem as mais elementares regras da liberdade e do respeito pelos outros.
Daí que não faça qualquer sentido que aqui entrem "anónimos", porque esta casa é de e para todos.
Não sei se me conhece ou não. Nem isso me traz qualquer mais valia. Apenas lhe quero referir que não tenho a mínima intenção de me comparar a ninguém, de substituir ninguém ou imitar quem quer que seja.
Com todos os meus defeitos (e acredite que são muitos) apenas pretendo ser só eu e os "meus botões" (ideias, conceitos, críticas, asneiras, balelas e tudo o mais). Ah e o gosto que tenho em receber aqui os meus amigos e inimigos, concordemos ou não.
Portanto, deixe lá estar em paz e sossego o João Oliveira que (apesar de ser bem vindo como outro visitante qualquer) não é, neste caso, para aqui chamado.
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