Portugal, a sua política, os seus políticos e a sua pequenez governativa (seja ela qual for), tem a interessante vicissitude de instaurar medidas, muitas das vezes com fraca ou total ausência de sustentabilidade e realismo, sem se preocupar com as suas consequências sociais, culturais e económicas e, mais preocupante ainda, sem se preocupar com a complementaridade que essas medidas necessitam e exigem.
É assim em tudo, neste rectângulo à beira-mar plantado.
Fecham-se escolas e desertifica-se o interior do país (e no caso do Ministro Mário Lino - o sul também), projectam-se aeroportos megalómanos, perspectiva-se um país tecnológico mas sem infra-estruturas, sem desenvolvimento sustentado e com uma realidade social degrada, fecham-se centros de saúde, maternidades e urgências sem qualquer base sólida e socialmente coerente, apenas por questões (mesmo essas duvidosas) economicistas.
Provas?! Muito simples...
Na passada terça-feira, mais um bebé nasceu numa ambulância, desta vez na zona de Lamego. A mãe, já em trabalho de parto, estava a ser transportada para o Hospital de Vila Real. No espaço de um mês, esta é a terceira criança a nascer na mesma ambulância.
O parto era para ter acontecido em Vila Real, mas o bébé não "quis" esperar e o parto aconteceu em plena serra de Lamego.
Desde que a maternidade de Lamego fechou que as grávidas da zona são encaminhadas para o Hospital de Vila Real.
Qualquer dia temos a reestruturação dos processos de registo na conservatória: "local de nascimento, por favor?". Resposta: "algures ao quilómetro x da estrada nacional y (ou mesmo um caminho e cabras qualquer)".
Enfim... se morrer é triste, nascer começa a ser patético.
É assim em tudo, neste rectângulo à beira-mar plantado.
Fecham-se escolas e desertifica-se o interior do país (e no caso do Ministro Mário Lino - o sul também), projectam-se aeroportos megalómanos, perspectiva-se um país tecnológico mas sem infra-estruturas, sem desenvolvimento sustentado e com uma realidade social degrada, fecham-se centros de saúde, maternidades e urgências sem qualquer base sólida e socialmente coerente, apenas por questões (mesmo essas duvidosas) economicistas.
Provas?! Muito simples...
Na passada terça-feira, mais um bebé nasceu numa ambulância, desta vez na zona de Lamego. A mãe, já em trabalho de parto, estava a ser transportada para o Hospital de Vila Real. No espaço de um mês, esta é a terceira criança a nascer na mesma ambulância.
O parto era para ter acontecido em Vila Real, mas o bébé não "quis" esperar e o parto aconteceu em plena serra de Lamego.
Desde que a maternidade de Lamego fechou que as grávidas da zona são encaminhadas para o Hospital de Vila Real.
Qualquer dia temos a reestruturação dos processos de registo na conservatória: "local de nascimento, por favor?". Resposta: "algures ao quilómetro x da estrada nacional y (ou mesmo um caminho e cabras qualquer)".
Enfim... se morrer é triste, nascer começa a ser patético.
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