Não sei, ou melhor... até creio saber que o Dr. Jorge Coelho não lê o Debaixo dos Arcos.
Também seria demasiada presunção minha.
Mas obviamente que é pena... para mim e, principalmente, para ele.
Mas no que interessa, é pena, porque temos o mesmíssimo ponto de vista na questão já aqui abordada da queda da ponte de Entre-os-Rios.
É lamentável que neste país, quando toca à responsabilidade do Estado e dos seus Organismos, a culpa tenha que morre solteira.
Na emissão de quarta-feira da Quadratura do Círculo - na Sic Notícias - de 25.10.06 o Dr. Jorge Coelho lamentava a decisão do tribunal de Castelo de Paiva.
Curiosamente, o Dr. Jorge Coelho (independentemente do distanciamento ideológico), num acto reconhecidamente nobre, foi o único que "acabou julgado" ao apresentar a sua demissão como Ministro das Obras Públicas, à data dos acontecimentos.
Como há 5 anos atrás, registe-se com agrado a sua coerência política, algo raro nos dias de hoje.
Curiosamente, o Dr. Jorge Coelho apresentou ontem a sua renuncia ao mandato como deputado, alegando as mais que evidentes e habitués razões pessoais.
Depois da sua saída da Comissão Permanente do PS e a afirmação sua de que irá dar o seu contributo ao país como cidadão, questiona-se se não será mais um contributo do "movimento de cidadania oposicionista a José Sócrates."
Eu não acredito em bruxas, mas que as há, "áseas".
Também seria demasiada presunção minha.
Mas obviamente que é pena... para mim e, principalmente, para ele.
Mas no que interessa, é pena, porque temos o mesmíssimo ponto de vista na questão já aqui abordada da queda da ponte de Entre-os-Rios.
É lamentável que neste país, quando toca à responsabilidade do Estado e dos seus Organismos, a culpa tenha que morre solteira.
Na emissão de quarta-feira da Quadratura do Círculo - na Sic Notícias - de 25.10.06 o Dr. Jorge Coelho lamentava a decisão do tribunal de Castelo de Paiva.
Curiosamente, o Dr. Jorge Coelho (independentemente do distanciamento ideológico), num acto reconhecidamente nobre, foi o único que "acabou julgado" ao apresentar a sua demissão como Ministro das Obras Públicas, à data dos acontecimentos.
Como há 5 anos atrás, registe-se com agrado a sua coerência política, algo raro nos dias de hoje.
Curiosamente, o Dr. Jorge Coelho apresentou ontem a sua renuncia ao mandato como deputado, alegando as mais que evidentes e habitués razões pessoais.
Depois da sua saída da Comissão Permanente do PS e a afirmação sua de que irá dar o seu contributo ao país como cidadão, questiona-se se não será mais um contributo do "movimento de cidadania oposicionista a José Sócrates."
Eu não acredito em bruxas, mas que as há, "áseas".
14 comentários:
Definitivamente, sou um céptico. Não sei porquê, faz-me lembrar aqueles indivíduos que enriquecem pecaminosamente mas, depois de ricos, são uns eméritos benfeitores.
Ou será porque entre a consultadoria e o xadrez…
Um abraço.
Viva Miguel:
Vou dar uma dica para o ajudar nesta sua reflexão.
Não será antes a razão oposta, isto é, para estar na "sombra" de Sócrates preparado para o que der e vier?
Um abraço,
Caro Miguel,depois diga que não tenho razão,está mais que visto que para si o PS, começa a ser um partido a virar à direita e tanta simpatia pelo Movimento de Cidania e por alguns dos seus membros, leva-me a desconfiar que...
Mas se quer a minha opinião, pelo seu humanismo, acho que cabia mais neste Movimento. Nunca é tarde, e como dizia e cantava o Sergio Godinho,"Para melhor está bem, está bem, para pior já basta assim"
Neste fim de semana li um confronto de ideias entre o Dias Loureiro e o Jorge Coelho,na minha opinião, o primeiro parecia do Governo e o segundo da oposição.
Interessantes, estes nossos políticos.
Espero que não leve a mal, estar sempre a meter o ferro nestas coisas da politica, mas creia que eu penso que também se põe a jeito,
movido pelo seu sentido de justiça e pela sua maneira de ser.
Um abraço.
Blogue duma estética irrepreensível, comprometido com a beleza da vida, a merecer mais e constantes visitas no futuro. Gostei imenso desta página elegante. Bom fim-de-semana.
Pois Miguel, estou plenamente de acordo consigo. Sem o querer maçar, peço-lhe que leia um artigo de Manuel Monteiro sobre este assunto, e que faço referência no arestália, creio que, partidos à parte, iria gostar.
Um abraço
Olhe que não...olhe que não...Não é por acaso que são os instalados e os que dependem do Orçamento de Estado que reclamam ...e claro os habituais "agitadores de massas" feitos funcionários de Partidos e ou Sindicatos. Os portugueses sabem que as medidas são necessárias e o Jorge Coelho tem bem noção disso.
Cumprimentos
Caro Abel
Percebo perfeitamente as suas recicências e inquietudes.
mas no caso concreto, mesmo sendo um ex-ministro socialista, acredito que o Dr. Jorge Coelho tenha sido sincero na sua demissão.
Um abraço
Caro José Mostardinha
Não creio e não me parece que assim seja.
Porque estar na "sombra" é estar ao lado do líder, fazer parte do seu projecto e da sua equipa. E parece-me cada vez menos provável que isso aconteça entre os dois.
Um abraço
caro amigo Arauto
E o meu amigo a dar-lhe, hã!
Só falta mesmo a burra a fugir-lhe!
Mas concordo consigo, para a inquietação de muitos socialistas e para o desassossego da direita (onde está o cds) o PS está mesmo a mudar.
Só não sei se com os melhores argumentos e da forma e metedologia mais correctas.
E acredite,meu caro, que o meu humanismo cabe em qualquer cidadania. Desde que ela seja mesmo isso... cidadania. Com valores, sem subserviências partidárias.
Mas onde é que eu fui guardar a "gaita" do cartão de filiado?!
Despeço-me com este excerto de uma música dos Delfins:
"Mais do que a um patrão
Que a uma rotina ou profissão
Mais do que a um partido
Que a uma equipa ou religião
Tu pertences a ti
Não és de ninguém".
A bem da minha consciência, da minha vontade, das minhas convicções e da minha liberdade.
Um abraço
Cara Susana
Já li.
E quando tiver um bocadinho de mais tempo, prometo "achegar-lhe".
É que ainda não me habituei a esta rotina das aulas e da alteração dos meus hábitos.
Manias.
Cumprimentos
caro Ekilibrius.
Muito sinceramente, não o percebi.
Ou melhor, não o enquadrei com o meu post.
mas de certeza que cá estará para me explicar.
Cumprimentos
Bom, sobre o Jorge Coelho...razões pessoais são sempre suspeitas, os politicos demitem-se quando fazem asneira da grossa e se querem mostrar sérios, ou quando têm coisa melhor (para eles não para nós) em vista...
qual será? ou será que descobriu que afinal gostava era de ser agricultor?
beijocas, bom fim de semana.
Meu caro Migas,
Como sabe leio-o sempre com atenção e agrado (às vezes, agora mais que antes).
Desta vez lamento intervir para o corrigir. Sei, no entanto, que a injustiça que comete apenas se deve ao desconhecimento do que realmente se passa.
O Dr. Jorge Coelho é um homem bom, um homem que tudo tem dado ao nosso país e à causa socialista, sacrificando a sua legítima ambição pessoal em nome dos ideais que abraçou. Pela sua atitude no nefasto caso da ponte podemos ter uma ideia da qualidade exemplar do seu carácter. Para além disso é um bom amigo, daqueles que não traem e Aveiro deve-lhe muito .
Faz muita falta ao Partido Socialista e ao nosso País.
As razões pessoais que invoca são realmente ponderosas. Não as divulgar é, neste país, uma prova de coragem e só serve para reforçar a qualidade do seu carácter. Outras fossem as razões e ele que sempre deu a cara pelas suas convicções as apresentaria e por elas lutaria como um leão.
Só espero que possa (como eu profundamente desejo) voltar à primeira linha da nossa luta. Pelo socialismo, por Portugal, por um mundo melhor para todos os que hão-de vir depois de nós.
Um abraço
Raul Martins
Raul Martins
Caro Dr. Raúl Martins
Seja bem vindo, antes de mais.
Ainda bem que está com mais disponibilidade para, por cá vir, dar as suas achegas. A minha é que vai estando mais periclitante, dado o início das aulas da licenciatura.
Mas com algum esforço e força de vontade cá me aguentarei.
Mas, meu caro amigo, olhe que não cometi nenhuma injustiça para com o seu camarada partidário.
Antes pelo contrário, caro doutor.
Estou perfeitamente de acordo com o Dr. Jorge Coelho no que respeita à desilusão do desfecho do caso Entre-os-Rios.
Segundo, referi-o aqui e tive-o na altura o mais sentido respeito pelo seu acto politicamente nobre (raridade neste nosso cantinho) de se demitir na sequência dos trágicos acontecimentos.
O que questiono são as razões do seu auto-afastamento.
E creia que concordo inteiramente consigo.
Vai-vos fazer muita falta.
E vou mais longe... Do ponto de vista político (deixando de lado as questões ideológico-partidárias) vai fazer, logicamente, falta ao país.
Um abraço
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