O Bloco de Esquerda decidiu marchar.
Até aqui, nada de especial. Até porque andar faz bem à saúde.
O objectivo da marcha também não é despropositado até porque, segundo os últimos dados, o desemprego regista um valor próximo dos 460 mil portugueses.
O que é curioso é a demagogia e a mtáfora política que ainda vai reinando pelo lado bloquista.
A demagogia e insanidade política do Dr. Louçã.
Num país com uma realidade financeira e laboral de extrema gravidade, vir afirmar que se deve "trabalhar menos para criar mais emprego", é de bradar aos céus.
Se os empresário portugueses são apelidados pelo responsável do Bloco de Esquerda como "mafiosos"(sic), então o Dr. Francisco Louçã é o verdadeiro "Peter Pan" do mundo laboral que vive numa realidade de sonho.
E a demagogia "marchante" do BE é de tal modo gritante, que a coerência de actos e fundamentos é coisa que não existe para aquelas bandas.
Porque é que o BE não marchou contra os portugueses que, face à realidade dos números do desemprego, teimam em criar estas verdadeiras pérolas da nossa cultura social?
460 mil desempregados - apenas 9 mil propostas de emprego e "apenas apenas" 4700 portugueses preencheram essas vagas.
Trabalhar?! Já diziam os meus avós - "faz calos"!
O que é verdadeiramente preocupante (ou não) não é a insistência nestas metáforas políticas de Francisco Louçã. O que poderá ser preocupante (ou não) é ainda alguém lhe dar ouvidos.
7 comentários:
Miguel: "Nem tanto ao mar, nem tanto á terra",Com isto quero dizer que o Louça, está a ser «um equivoco da esqerda» e o Miguel,também exagera um bocadinho, pois há muita gente que quer trabalhar e não tem aonde.
Pelos dados que tenho, também o desemprego aumentou,não vamos acreditar nas fontes do Governo, pelo simples facto, de esses terem sido divulgados no principio do Verão. Espero que nos informem no fim de Outubro. Tambem convem recordar, que cerca de 25000 croatas voltaram ao seu País.
Xau ´Miguel.
Caro Arauto da Ria e desta cidade.
Olhe que não me parece que eu esteja assim tão exagerado.
Isto porque eu sei bem que há muita gente que quer trabalhar. Há cerca de 460 mil portugueses.
E nem sequer estou a discutir se esse número é sazonal, se peca por defeitou ou por excesso.
O que me merece alguma revolta é a atitude do BE e o facto de para 9 mil vagas, apenas terem sido preenchidas 4700. Mesmo com algumas condicionantes relacionadas com a questão da necessidade de mobilidade e de alguma frustração relacionada com expectativas criadas.
Mesmo assim, meu caro.
Se calhar não há assim tanta gente a querer trabalhar.
às vezes o subsídio compensa...
Cumprimentos
Caro Miguel,
Já o tinha referido no meu blog, mas aproveito o "tempo de antena" para sugerir duas pequenas alterações à marcha do Bloco: em primeiro lugar uma mudança de orientação da marcha, ou seja, em vez de andarem para o sul podiam andar para este (interior). A segunda seria andarem um pouco mais até Espanha e por lá ficarem. É que de política carnavalesca já todos andamos um pouco fartos.
Um abraço.
Olá Miguel,
Abstenho-me tanto quanto possível da política e ainda mais de comentá-la. Em Portugal, a política tem a mesma seriedade do futebol e nenhum dos dois é para ser levado a sério.
Ainda assim e a propósito deste seu post, devo dizer-lhe que entendo que a marcha pelo emprego do BE tem o mesmo efeito prático da promessa de criar 150 mil empregos que o senhor José fez para poder ser ele a repartir o bolo público, ou das dentadas numa sandes de porco assado, dadas pelo senhor não sei quê do CDS.
Saiba que o que verdadeiramente me preocupa, é fazer – e sofrer as consequências – parte de um povo que não tendo na sua história um período, um só, de prosperidade social e económica, continue a eleger gente que apenas contribui para que a nossa debilitada situação se agrave.
Não compreendo por que carga de água, poderão andar os portugueses a vitoriar indivíduos que nada trazem de bom ao nosso dia-a-dia, antes pelo contrário, que como se constata, chegados ao poder, tratam de governar a sua vidinha e a de alguns amigos mais chegados.
Do que relata no seu post, afinal, tanto o BE como o CDS, valem uma franja risível do eleitorado e de não pequena que é, nem sequer deveriam ter assento ou representação no poder.
Não tenho filiação nem simpatias partidárias. Apenas tenho em conta a capacidade de quem governa para tornar a nossa vida colectiva melhor. E tem sido raro, dramaticamente raro na vida política nacional encontrar gente que tenha genuíno interesse na nossa vida colectiva.
Já conheceu algum político que tenha declarado ter como objectivo do seu governo, melhorar a vida dos portugueses? Não, o que ouvimos e pedir sacrifícios, sempre em nome de um futuro melhor. O que acontece efectivamente, é que vivemos vidas miseráveis e os do futuro, viverão as mesmas vidas.
E nem vale a pena entrar em pormenores da administração ou da governação. No fim de contas, como no futebol, os clubes como os partidos, servem para pôr os cidadãos uns contra os outros, enquanto a classe dominante trata de acumular a riqueza disponível. Dividir para reinar, não é assim?
Cpts
Caro AC,
Considero essa sua afirmação em relação à representatividade do CDS no mínimo infeliz. Talvez mesmo revelando alguma falta de maturidade democrática, permita-me que lho diga apesar de ser muito mais novo.
Primeiro, não compreendo porque o simples facto de não concordar com a ideologia se permite a simplesmente querer eliminá-la do mapa político.
Depois porque segundo o que afirma, a política portuguesa estaria bem se restrita aos dois maiores partidos, que são, como todos sabemos, muito permeáveis a pressões e lobbies. Enfim, para já não falar na enorme falta de coerencia ideológica.
Sinceramente, tinha-o em muito maior consideração.
Viva Caro Abel
Eu sei esta sua aversão crónica pela política.
Acredite que até o percebo. Porque alguma dessa sua "angústia" já a senti há alguns anos atrás quando me afastei da "vida activa" - militância.
Não me parece, no entanto, que a política tenha a mesma seriedade que o futebol português.
Até porque a vida, a sociedade, o desenvolvimento de uma nação depende, na sua essência (muito para além das questões económico-financeiras) da sua acção política (entenda-se diferente da partidarice).
É óbvio que compreendo que foque essa sua "raiva" na podridão de alguns sectores e pessoas políticas.
Mas meu caro amigo, saberá tã bem ou melhor do que eu, pela sua experiência da vida maior que a minha, que em tudo "o que mexe" (empregos - política - desporto - cultura e artes - religião) há bons e maus.
Não podemos é, em tudo e por qualquer fundamento, tomar o todo pelas partes.
Por último embora ideologicamente e partidariamente muito próximo do amigo Carlos Martins, deixe-me que lhe diga em relação à bipolarização parlamentar não tenho uma certeza, nem uma convicção. Tanto entendo que, independentemente do número de representantes (e o cds já teve um táxi cheio) os partidos devem estar representados, aumentando o espectro das convicções e proliferando as ideologias, como também não me incomodo ou constrange a bipolarização parlamentar, sendo que a mesma terá que previamente ser precedida duma grande reforma política do país e dos partidos.
Um abraço, mesmo que político.
To Bad:
Caro bad, eu mantenho por si a consideração que sempre tive e tenho por cada um dos meus concidadãos, independentemente da sua personalidade ou das suas ideias.
A minha distanciação relativamente à política não deverá ser para si motivo de referência sequer. Advém dos muitos anos passados a lutar por dias melhores, a ouvir as mesmas estórias e a pagar sempre mais.
Já tive a sua idade e já acreditei que é possível mudar o mundo. Concluímos mais tarde que é o mundo que nos muda.
Não me julgue mal, pois a minha ideologia política não se relaciona com partidos, com nenhum e, a importância do seu CDS para mim, é a mesma que tenho por qualquer outro partido. Para mim, o que verdadeiramente importa é a competência da governação e não a proveniência partidária dos governantes.
A minha afirmação de que os partidos pequenos nem sequer deveriam ter representatividade, nada tem de falta de maturidade democrática. É apenas uma constatação prática. Custam dinheiro ao erário público e instalam meia dúzia dos seus dirigentes em cadeiras bem pagas. Seria bem mais útil que o eleitorado se dividisse mais equitativamente pelos diferentes partidos de modo a que estes tivessem efectiva capacidade de decisão.
Talvez um dia, perceba o porquê das minhas posições relativamente à política nacional. Ou talvez nunca venha a perceber mas, também não é importante.
Com a consideração e cordialidade de sempre,
Cpts
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