é o que vai faltando no (débil) estado da saúde nacional.
É indiscutível o ‘dogma’ do princípio equitativo do binómio utilizador-pagador, sem que isso signifique menos responsabilidades sociais do Estado.
No entanto continuam os paradoxos e as falsas promessas deste burgo socraísta.
Segundo os seus responsáveis (quer o máximo ou o das finanças) não estão previstos quaisquer aumentos na tributação de impostos.
Pois não… Por isso é que o Ministério da Saúde prevê um aumento/actualização das taxas moderadoras, nos serviços de urgência, acima do valor previsto da inflação. Por isso é que os preços sobem, aumentando o nosso custo de vida.
Por isso é que um serviço de saúde primário que deveria ser suportado pelos impostos que cada um de nós contribui mensalmente/anualmente, vai, com esta medida e à custa da nossa doença, engordar o precário orçamento do estado em cerca de 4 milhões de euros.
Curiosidades neste processo de aumento são as que o relacionam com a eventual fundamentação do agravamento do valor das taxas nas urgências do SNS ser baseado em dois princípios: os rendimentos e as ‘falsas urgências’.
Isto é...
Primeiro não bastará ir ao hospital e levar o cartão de utente do SNS - deverá ser acompanhado igualmente da declaração de IRS.
Segundo, não me parece que as pessoas que se deslocam às urgências o façam por mero divertimento ou desporto, mas sim por necessidade e, em alguns casos, por ‘desespero’ ou desconhecimento na avaliação dos fundamentos médicos da doença ou mal-estar. E se a opção da maioria dos utentes é preferencialmente (em muitos casos) pelas urgências do hospital, em detrimento dos centros de saúde, tem a haver com o descrédito e a falta de confiança nessas unidades de saúde.
Por outro lado...
Quem vai avaliar e determinar o que é ou não uma ‘falsa urgência’? O corpo médico de serviço?! O funcionário do balcão de atendimento?! O utente?! Será que vai ser necessário e obrigatório que o utente telefone primeiro para o hospital ou centro de saúde descrevendo a situação, para posterior opção?!
Enfim.. pela sua saúde não adoeça!
“Debaixo dos Arcos” foi, e ainda é, o primeiro blogue não virtual de Aveiro. Espaço de encontro, “tertúlia” espontânea, “diz-que-disse”, fofoquice pegada, críticas e louvores, ..., é uma zona nobre da cidade, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontram e conversam sobre "tudo e nada": o centro do mundo...
17 novembro 2005
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