A edição de hoje (16.10.05) do Diário de Notícias, com 'honras' de editorial, destaca a situação do ensino superior privado, alertando para os dados estatísticos que indicam um decréscimo de cerca de 20 mil alunos, nos últimos 6 anos (média aproximada de 3 mil alunos/ano).
Algumas notas para 'trabalho de casa e investigação':
a) o ensino privado, evitando investimentos e recurso avultados (técnicos e humanos), aliado à falta de controlo e exigência, tem, na grande maioria das instituições de ensino, os componentes curriculares desfazados da realidade do mercado de trabalho e do mundo empresarial.
b) o número de técnicos, engenheiros, cientistas, enfermeiros, ..., é consideravelmente inferior ao elevado número de professores, advogados, educadores, ... Esta realidade contraria as necessidades da nossa actual economia e da necessidade laboral, 'faminta' de habilitações técnicas competentes. Nesta aspecto, o ensino privado falhou (e continua a falhar) ao apostar na facilidade de investimento-vs-lucro em áreas das humanidades (hoje, sem perspectivas de emprego), permitindo que o sector público continue (bem ou mal) a garantir os cursos ditos técnicos ou tecnológicos e científicos.
c) até há bem pouco tempo o mercado de trabalho 'facilitava' o acesso a quem possuísse habilitações superiores, inúmeras vezes totalmente desenquadradas com o desempenho profissional. Hoje, a realidade alterou-se ou tem vindo a sofrer alterações. O acesso permanece 'facilitado', tornando-se, no entanto, mais exigente, aliando ao curso superior uma maior competência e aptidão técnica.
Da hereditariedade da formação curricular superior (pai médico -> filho médico; pai dr. -> filho dr.), passámos, nos finais da década de 80 e princípio de 90, a ter a noção da entrada na Universidade como uma posição e reconhecimento sociais. Hoje, a formação académica superior é uma necessidade de 'sobrevivência', sendo que, para além do 'canudo', exige-se aptidão, competência e profissionalismo.
Com concorrência desleal do sector público; com falta de apoio estatal, o ensino privado tem que 'olhar' mais à sua volta, para a sociedade, para a realidade empresarial e económica, tornando-se menos economicista (eventualmente menos lucrativo), se quiser sobreviver aos novos tempos de mudança.
Boas frequências...
Algumas notas para 'trabalho de casa e investigação':
a) o ensino privado, evitando investimentos e recurso avultados (técnicos e humanos), aliado à falta de controlo e exigência, tem, na grande maioria das instituições de ensino, os componentes curriculares desfazados da realidade do mercado de trabalho e do mundo empresarial.
b) o número de técnicos, engenheiros, cientistas, enfermeiros, ..., é consideravelmente inferior ao elevado número de professores, advogados, educadores, ... Esta realidade contraria as necessidades da nossa actual economia e da necessidade laboral, 'faminta' de habilitações técnicas competentes. Nesta aspecto, o ensino privado falhou (e continua a falhar) ao apostar na facilidade de investimento-vs-lucro em áreas das humanidades (hoje, sem perspectivas de emprego), permitindo que o sector público continue (bem ou mal) a garantir os cursos ditos técnicos ou tecnológicos e científicos.
c) até há bem pouco tempo o mercado de trabalho 'facilitava' o acesso a quem possuísse habilitações superiores, inúmeras vezes totalmente desenquadradas com o desempenho profissional. Hoje, a realidade alterou-se ou tem vindo a sofrer alterações. O acesso permanece 'facilitado', tornando-se, no entanto, mais exigente, aliando ao curso superior uma maior competência e aptidão técnica.
Da hereditariedade da formação curricular superior (pai médico -> filho médico; pai dr. -> filho dr.), passámos, nos finais da década de 80 e princípio de 90, a ter a noção da entrada na Universidade como uma posição e reconhecimento sociais. Hoje, a formação académica superior é uma necessidade de 'sobrevivência', sendo que, para além do 'canudo', exige-se aptidão, competência e profissionalismo.
Com concorrência desleal do sector público; com falta de apoio estatal, o ensino privado tem que 'olhar' mais à sua volta, para a sociedade, para a realidade empresarial e económica, tornando-se menos economicista (eventualmente menos lucrativo), se quiser sobreviver aos novos tempos de mudança.
Boas frequências...
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