O orçamento do estado não pode (correndo o risco da banalidade) ser comparado com a gestão financeira doméstica ou familiar de cada um de nós! Mas não deixa de ser uma verdade inquestionável que não se pode gastar ou investir o que se não tem.
Aqui, como diria o meu avô paterno, é que "a dita cuja torce o dito cujo"...
Por que se existe uma clara necessidade de investimento público/estatal, para podermos crescer económica e socialmente ((re)afirmando Portugal na Europa), então existe a necessidade oposta de obter receitas capazes de contrapor as despesas e sustentar o crescimento económico e social (desenvolvimento).
Será que este Orçamento do Estado hoje apresentado pelo ministro das finanças, permite encarar o futuro com firmeza, confiança e optimismo?! Será capaz de permitir a reestruturação e as reformas na Acção Social/Solidariedade, na Educação, na Saúde e na Justiça, que os cidadãos já há muito anseiam?!
Parece mais um orçamento preocupado, quase que exclusivamente, com os cortes na despesa do estado e na sustentabilidade da segurança social ou na sua alternativa.
Para quem defende um orçamento 'credível' e 'sem truques', não parece coerente que:
- seja previsível um fraco investimento público (motor do desenvolvimento nacional);
- o aumento salarial seja inferior à inflação prevista, diminuindo e/ou agravando o poder de compra e o nível de vida;
- não exista uma forte preocupação em cativar o investimento dos diversos agentes económicos;
- se diga que não irá ocorrer aumento de impostos... mas já se prevê o aumento do imposto sobre os produtos petrolíferos (aumento do custo dos combustíveis e sua consequência) e a diminuição ou exclusão de benefícios ficais.
- que se afirme apenas a intenção do corte nas despesas,esquecendo que o mais grave são os gastos supérfluos.
Este é um orçamento pouco ambicioso e com poucas alternativas à realidade económica global. É um orçamento que revive o 'deficit obsessivo' e pouco, muito pouco mais...
Curiosamente (ou não!) este OE para 2006 foi apresentado no Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza.
Portugal é o país da UE com a maior desigualdade entre ricos e pobres, isto significa, que a realidade demonstra o 'estado de coma da classe média' e igualmente uma realidade onde o rico é mais rico e o pobre mais pobre. Os dados estatísticos indicam que um em cada cinco portugueses vive no limiar da pobreza. Sendo que pobreza não é apenas a falta ou escassez de dinheiro. É igualmente a ausência de condições que concedem dignidade na vida.
Resta-nos semanalmente o euro-milhões!
Por que se existe uma clara necessidade de investimento público/estatal, para podermos crescer económica e socialmente ((re)afirmando Portugal na Europa), então existe a necessidade oposta de obter receitas capazes de contrapor as despesas e sustentar o crescimento económico e social (desenvolvimento).
Será que este Orçamento do Estado hoje apresentado pelo ministro das finanças, permite encarar o futuro com firmeza, confiança e optimismo?! Será capaz de permitir a reestruturação e as reformas na Acção Social/Solidariedade, na Educação, na Saúde e na Justiça, que os cidadãos já há muito anseiam?!
Parece mais um orçamento preocupado, quase que exclusivamente, com os cortes na despesa do estado e na sustentabilidade da segurança social ou na sua alternativa.
Para quem defende um orçamento 'credível' e 'sem truques', não parece coerente que:
- seja previsível um fraco investimento público (motor do desenvolvimento nacional);
- o aumento salarial seja inferior à inflação prevista, diminuindo e/ou agravando o poder de compra e o nível de vida;
- não exista uma forte preocupação em cativar o investimento dos diversos agentes económicos;
- se diga que não irá ocorrer aumento de impostos... mas já se prevê o aumento do imposto sobre os produtos petrolíferos (aumento do custo dos combustíveis e sua consequência) e a diminuição ou exclusão de benefícios ficais.
- que se afirme apenas a intenção do corte nas despesas,esquecendo que o mais grave são os gastos supérfluos.
Este é um orçamento pouco ambicioso e com poucas alternativas à realidade económica global. É um orçamento que revive o 'deficit obsessivo' e pouco, muito pouco mais...
Curiosamente (ou não!) este OE para 2006 foi apresentado no Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza.
Portugal é o país da UE com a maior desigualdade entre ricos e pobres, isto significa, que a realidade demonstra o 'estado de coma da classe média' e igualmente uma realidade onde o rico é mais rico e o pobre mais pobre. Os dados estatísticos indicam que um em cada cinco portugueses vive no limiar da pobreza. Sendo que pobreza não é apenas a falta ou escassez de dinheiro. É igualmente a ausência de condições que concedem dignidade na vida.
Resta-nos semanalmente o euro-milhões!
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