Face aos mais recentes acontecimentos que já extravasam a “targédia
grega” parece relevante e preocupante que, ao fim de cerca de dez anos, a
Europa tenha dado um enorme passo atrás na sua consolidação como um projecto de
união solidária entre povos.
A verdade é que não é apenas o euro que está em causa. Esse
será o reflexo de uma Europa que não se solidificou, não se democratizou, não
soube respeitar a diversidade na unidade. Uma Europa cada vez mais a dois e retalhada,
cada vez mais dividida e assimétrica, sem rumo, sem capacidade de resposta, sem
solidez… cada vez mais questionável.
E as surpresas são constantes…
Primeiro a Grécia e as constantes peripécias e jogos estratégicos
que ninguém percebe nem se justificam…
Depois surge a surpresa da Irlanda com o colapso bancário.
A seguir começava o ciclo das economias mais frágeis e, após
tantos disfarces da realidade e tanto adiar o inevitável, surge a crise
portuguesa.
E quando todos esperavam pelo afunda espanhol, eis que a “tragédia”
e a factura da irresponsabilidade governativa bate à porta da terceira maior
economia da zona euro: a Itália de Berlusconi.
Que mais falta acontecer a esta Europa?!
Sem comentários:
Enviar um comentário