Publicado na edição de hoje, 19 de Março 2010, do Diário de Aveiro.
Cheira a Maresia!
A Lei da Rolha… e os tiros nos pés!
Terminou mal o 32º Congresso do PSD que se realizou no passado fim-de-semana.
E terminou mal pela controvérsia e polémica que a alteração estatutária criou, ao ponto de se transformar em agenda política semanal: a denominada “lei da rolha”.
Só quem nunca passou por congressos é que pode ficar admirado por tais acontecimentos, não podendo ser alheia a mediatização que os meios de comunicação e as novas tecnologias permitem enfatizar.
É certo que seria evitável se o congresso não deixasse para o fim (face ao cansaço e desgaste, e pelo facto da relevância se centrar nas candidaturas à liderança) e sem qualquer discussão prévia as alterações estatutárias. Mas isso faz parte do espírito dos congressos.
Por outro lado, a controversa (?) alteração estatutária é uma questão puramente interna e que apenas ao PSD diz respeito.
Trazer o tema para a agenda política nacional é de todo descabido. Pior ainda… querer o PS transpor esta temática apara o seio do órgão máximo da nação – a Assembleia da República – é o maior disparate, de um “sound bite” absurdo e uma clara tentativa para desviar de atenções do que é verdadeiramente importante para o País e da pressão social que se manifesta em relação ao governo.
Um verdadeiro tiro no pé, até porque é sabido que os próprios estatutos do Partido Socialista contemplam medidas similares, e é divergente a opinião de constitucionalistas sobre a eventual inconstitucionalidade da alteração estatutária, apresentada por Santana Lopes e aprovada (mesmo que de forma inconsciente).
Querer usar esta questão como confronto político, colocando-a na agenda do debate parlamentar (como parece ser a vontade do líder da bancada socialista Francisco Assis), é querer reduzir a inteligência dos portugueses a um nível insultuoso.
É que por mais demagogia e folclore político que queiram impor, os portugueses não esquecem o aumento do custo de vida (por exemplo, o aumento dos combustíveis), a diminuição do PIB, o aumento da taxa de desemprego, a estagnação da economia, e a corrupção.
E não esquecem também o Plano de Estabilidade e Crescimento para 2010 e as medidas de desestabilização social e penalizadoras para os cidadãos e as famílias: redução dos benefícios fiscais em sede de IRS, desequilíbrios regionais nos investimentos do país, redução dos apoios, congelamentos salariais.
Assim como não é possível esquecer, nem ser indiferente, que, em claro momento de crise e de sacrifício para os que maiores dificuldades atravessam, as empresas públicas paguem prémios (já para não falarmos dos vencimentos) no valor de milhares de euros a gestores estatais.
No mínimo, a este governo, pedia-se coerência, moralidade e justiça.
Se calhar, não ficava mal uma “rolha” a todos…
Cheira a Maresia!
A Lei da Rolha… e os tiros nos pés!
Terminou mal o 32º Congresso do PSD que se realizou no passado fim-de-semana.
E terminou mal pela controvérsia e polémica que a alteração estatutária criou, ao ponto de se transformar em agenda política semanal: a denominada “lei da rolha”.
Só quem nunca passou por congressos é que pode ficar admirado por tais acontecimentos, não podendo ser alheia a mediatização que os meios de comunicação e as novas tecnologias permitem enfatizar.
É certo que seria evitável se o congresso não deixasse para o fim (face ao cansaço e desgaste, e pelo facto da relevância se centrar nas candidaturas à liderança) e sem qualquer discussão prévia as alterações estatutárias. Mas isso faz parte do espírito dos congressos.
Por outro lado, a controversa (?) alteração estatutária é uma questão puramente interna e que apenas ao PSD diz respeito.
Trazer o tema para a agenda política nacional é de todo descabido. Pior ainda… querer o PS transpor esta temática apara o seio do órgão máximo da nação – a Assembleia da República – é o maior disparate, de um “sound bite” absurdo e uma clara tentativa para desviar de atenções do que é verdadeiramente importante para o País e da pressão social que se manifesta em relação ao governo.
Um verdadeiro tiro no pé, até porque é sabido que os próprios estatutos do Partido Socialista contemplam medidas similares, e é divergente a opinião de constitucionalistas sobre a eventual inconstitucionalidade da alteração estatutária, apresentada por Santana Lopes e aprovada (mesmo que de forma inconsciente).
Querer usar esta questão como confronto político, colocando-a na agenda do debate parlamentar (como parece ser a vontade do líder da bancada socialista Francisco Assis), é querer reduzir a inteligência dos portugueses a um nível insultuoso.
É que por mais demagogia e folclore político que queiram impor, os portugueses não esquecem o aumento do custo de vida (por exemplo, o aumento dos combustíveis), a diminuição do PIB, o aumento da taxa de desemprego, a estagnação da economia, e a corrupção.
E não esquecem também o Plano de Estabilidade e Crescimento para 2010 e as medidas de desestabilização social e penalizadoras para os cidadãos e as famílias: redução dos benefícios fiscais em sede de IRS, desequilíbrios regionais nos investimentos do país, redução dos apoios, congelamentos salariais.
Assim como não é possível esquecer, nem ser indiferente, que, em claro momento de crise e de sacrifício para os que maiores dificuldades atravessam, as empresas públicas paguem prémios (já para não falarmos dos vencimentos) no valor de milhares de euros a gestores estatais.
No mínimo, a este governo, pedia-se coerência, moralidade e justiça.
Se calhar, não ficava mal uma “rolha” a todos…
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