Publicado na edição de hoje, 11.02.2010, do Diário de Aveiro.
Cheira a Maresia!
Virtudes e perigos…
A passada terça-feira foi dedicada ao Dia Europeu da Internet Segura.
Altura para se debaterem as virtudes e os perigos de um dos ícones do início deste século XXI.
É indiscutível que a sociedade da informação e do conhecimento em que vivemos, nos dias de hoje, é sustentada no reforço do uso das tecnologias e dos fluxos em rede.
A realidade social e o seu desenvolvimento vão determinando dois estratos: os info-incluídos ou os info-excluídos. Como diria Manuel Castells, a diferença reside no facto de se estar na rede ou fora dela.
Obviamente com tudo o que isso implica.
E as implicações são distintas.
A internet permite uma amplitude do conceito de comunidade, uma partilha de informação e do conhecimento mais célere e global, facilitando a aprendizagem, a consolidação ou a difusão de ideias e conceitos. As próprias sociedades vivem a pressão e influência constantes da projecção das interferências culturais de cada comunidade.
Além disso, o recurso às tecnologias e ferramentas da rede promove a reformulação dos conceitos e princípios das relações comerciais e pessoais.
Os conceitos e os procedimentos comunicacionais já não são os mesmos: hoje não comunicamos sem telemóvel, sem e-mail, sem internet. O próprio conceito da comunicação social, por exemplo, leva a um constante repensar das formas de acção e respectivos papéis da televisão, da rádio e do jornal, bem como dos próprios jornalistas.
As redes sociais permitem uma extensão ilimitada nas relações interpessoais, promovendo a interacção cultural, de pensamento e ideias. Por outro lado, é indiscutível o benefício da rede na promoção da participação cívica dos cidadãos na construção e desenvolvimento das suas comunidades.
Mas nem tudo é um “mar de rosas”…
Por si só, e pelo que se disse, a Internet nada tem de errado ou de perigoso. Mas é inquestionável que os riscos que corremos quando navegamos na Internet são infinitamente grandes devido à dimensão da interactividade e do próprio espaço. Acresce ainda a dificuldade que muitos dos cibernautas (e não só os jovens) sentem em separar a realidade do virtual.
Os riscos são claros: a má utilização das potencialidades da Internet pode provocar problemas na difusão dos conteúdos, nos contactos pessoais ou comerciais, nos comportamentos e nas questões legais, como os direitos de autor ou o copyright. Esta realidade, embora não exclusiva, é potencialmente agravada nas crianças e jovens.
O excesso de informação disponível leva a algum laxismo na aquisição do conhecimento. Hoje, temos tudo à mercê de um clique, mas confunde-se pesquisar e conhecer, com o “copiar e colar”, sem filtro nem sentido crítico.
As redes sociais permitem interacções e partilha de informação, ideias e conhecimento que não se imaginavam. Mas os perigos de atropelo à privacidade, à tolerância, ao respeito e à liberdade, vão sendo sustentados no crescimento de realidades como o “cyberbulling”, a pornografia, o "sexting" e os encontros na vida real com base em contactos online não seguros.
Mais do que policiar é necessário educar para uma navegação segura.
Por exemplo, as redes sociais podem, neste caso, servir de meio e processo educacional. Se os pais ou os educadores se disponibilizarem para participar nas redes sociais dos seus filhos ou educandos, não só se tornam info-incluídos, como podem filtrar, alertar, educar e partilhar as vivências virtuais das crianças e dos jovens.
Hoje, é imprescindível o recurso à Internet, aproveitando as suas potencialidades (informação, formação e conhecimento), tendo o cuidado de a usar de forma segura e crítica.
Aqui, cabe igualmente o velho ditado: “mais vale prevenir, que remediar”.
Cheira a Maresia!
Virtudes e perigos…
A passada terça-feira foi dedicada ao Dia Europeu da Internet Segura.
Altura para se debaterem as virtudes e os perigos de um dos ícones do início deste século XXI.
É indiscutível que a sociedade da informação e do conhecimento em que vivemos, nos dias de hoje, é sustentada no reforço do uso das tecnologias e dos fluxos em rede.
A realidade social e o seu desenvolvimento vão determinando dois estratos: os info-incluídos ou os info-excluídos. Como diria Manuel Castells, a diferença reside no facto de se estar na rede ou fora dela.
Obviamente com tudo o que isso implica.
E as implicações são distintas.
A internet permite uma amplitude do conceito de comunidade, uma partilha de informação e do conhecimento mais célere e global, facilitando a aprendizagem, a consolidação ou a difusão de ideias e conceitos. As próprias sociedades vivem a pressão e influência constantes da projecção das interferências culturais de cada comunidade.
Além disso, o recurso às tecnologias e ferramentas da rede promove a reformulação dos conceitos e princípios das relações comerciais e pessoais.
Os conceitos e os procedimentos comunicacionais já não são os mesmos: hoje não comunicamos sem telemóvel, sem e-mail, sem internet. O próprio conceito da comunicação social, por exemplo, leva a um constante repensar das formas de acção e respectivos papéis da televisão, da rádio e do jornal, bem como dos próprios jornalistas.
As redes sociais permitem uma extensão ilimitada nas relações interpessoais, promovendo a interacção cultural, de pensamento e ideias. Por outro lado, é indiscutível o benefício da rede na promoção da participação cívica dos cidadãos na construção e desenvolvimento das suas comunidades.
Mas nem tudo é um “mar de rosas”…
Por si só, e pelo que se disse, a Internet nada tem de errado ou de perigoso. Mas é inquestionável que os riscos que corremos quando navegamos na Internet são infinitamente grandes devido à dimensão da interactividade e do próprio espaço. Acresce ainda a dificuldade que muitos dos cibernautas (e não só os jovens) sentem em separar a realidade do virtual.
Os riscos são claros: a má utilização das potencialidades da Internet pode provocar problemas na difusão dos conteúdos, nos contactos pessoais ou comerciais, nos comportamentos e nas questões legais, como os direitos de autor ou o copyright. Esta realidade, embora não exclusiva, é potencialmente agravada nas crianças e jovens.
O excesso de informação disponível leva a algum laxismo na aquisição do conhecimento. Hoje, temos tudo à mercê de um clique, mas confunde-se pesquisar e conhecer, com o “copiar e colar”, sem filtro nem sentido crítico.
As redes sociais permitem interacções e partilha de informação, ideias e conhecimento que não se imaginavam. Mas os perigos de atropelo à privacidade, à tolerância, ao respeito e à liberdade, vão sendo sustentados no crescimento de realidades como o “cyberbulling”, a pornografia, o "sexting" e os encontros na vida real com base em contactos online não seguros.
Mais do que policiar é necessário educar para uma navegação segura.
Por exemplo, as redes sociais podem, neste caso, servir de meio e processo educacional. Se os pais ou os educadores se disponibilizarem para participar nas redes sociais dos seus filhos ou educandos, não só se tornam info-incluídos, como podem filtrar, alertar, educar e partilhar as vivências virtuais das crianças e dos jovens.
Hoje, é imprescindível o recurso à Internet, aproveitando as suas potencialidades (informação, formação e conhecimento), tendo o cuidado de a usar de forma segura e crítica.
Aqui, cabe igualmente o velho ditado: “mais vale prevenir, que remediar”.
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