“Debaixo dos Arcos” foi, e ainda é, o primeiro blogue não virtual de Aveiro. Espaço de encontro, “tertúlia” espontânea, “diz-que-disse”, fofoquice pegada, críticas e louvores, ..., é uma zona nobre da cidade, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontram e conversam sobre "tudo e nada": o centro do mundo...

18 junho 2009

Sem constrangimentos partidários...

Muitas vão ser as vozes que se levantarão e se ouvirão para, com muito mais legitimidade que eu, falar sobre o Dr. Carlos Candal.
Uns por razões familiares e afectivas, outros por razões partidárias, outros por...
Pela minha parte, a minha mais sincera e digna homenagem vai para o ILUSTRE Aveirense, para o Homem da Liberdade e da Democracia. Para o Homem Político (muito para além do "partidário").
Com ele convivi, directamente, poucas vezes, mas nas que tive a oportunidade, foram demasiadamente enriquecedoras e marcantes para não deixar de sentir este momento.
Recordo há cerca de um ano, numa das tertúlias académicas do ISCIA que promovi e nas quais ele esteve presente, a forma como, juntamente com o Prof. Costa Carvalho, ia relatando as suas vivências académicas e as suas histórias de vida no antigo regime.
Ainda hoje me lembro de me dizer, num contexto de referências partidárias, que a minha (na altura) militância centrista era "um devaneio de juventude".
Tomara que os devaneios de muitos de nós, fossem espelho da democracia deste Ilustre Homem de Aveiro.
Hoje as palavras fazem todo e qualquer sentido: a política, a democracia e a liberdade ficaram mais fragilizadas. E Aveiro ficou muito mais pobre.

5 comentários:

Didas disse...

O homem era cá ume peça, que de facto faz falta. Mais ninguém nesta cidade fala com o à vontade dele, nem que fosse para dizer as maiores barbaridades. Faz falta.

Só uma coisa: Devaneios da juventude não são sempre marxistas? Os meus foram!

Terra e Sal disse...

O Dr. Carlos Candal foi um símbolo da liberdade e da democracia no país e particularmente em Aveiro. A retórica era a arma que usava com mestria para defender as suas causas políticas, que afinal, eram a dos outros.
A sua convivência, foi, penso, um privilégio para todos aqueles que o conheceram pessoalmente e com ele privaram, tenham sido adversários políticos, camaradas ou amigos.
Fica-nos a recordação da sua vivência repleta de desassossegos mas de outras tantas jubilações.
Uma personalidade vincada e firme. Nunca o vi ser arrogante para com os humildes nem humilde para quem era arrogante.
Um democrata, um Homem livre.
A sua memória, estou certo, será imortalizada.

Um abraço Miguel.

Terra e Sal disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Terra e Sal disse...
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José Manuel Dias disse...

Uma referência merecida a quem fez muito para dizermos sem constrangimentos.
Abraço