Na ordem do dia estão dois factos adjacentes: uma espécie de livro e a nomeação da Dra. Maria José Morgado para supervisionar o processo “Apito Dourado”.
Quanto ao primeiro, nenhum comentário.
Já o segundo, merece-me alguma atenção.
Em Portugal, aparentemente, apenas existem duas pessoas honestas: a Dra. Maria José Morgado e a Dra. …
Ninguém, no seu perfeito juízo, poderá defender a impunidade de qualquer acto ilícito ou ilegal, seja a que nível for, incluindo-se, obviamente, a corrupção.
Ninguém acredita que o universo futebolístico é um sector sem mácula, sem descrédito e que tudo se passa na mais perfeita normalidade.
Mas daí a fazer desta questão uma obsessão doentia e patológica, é algo supra-natura.
A Dra. Maria José Morgado tornou-se uma verdadeira Justiceira à portuguesa, qual Dom Quixote feminino na sua luta contra os moinhos de vento.
No entanto, esqueceu-se que tamanho mediatismo e responsabilidade vão transformá-la num diário e constante alvo da curiosidade e crítica pública. E quanto mais alto se sobe, maior é a queda.
Pena é que tanto entusiasmo e dedicação à causa da corrupção, não tenha sido, por exemplo, dedicado ao processo Casa Pia ou à Queda da Ponte Entre Rios.
Talvez muito já se tivesse processado e menos falhas na justiça se tinham verificado. É que há tanta coisa mais importante para resolver na Justiça deste País!
P.S. É lamentável que em Portugal a separação de poderes seja apenas uma realidade fictícia.
Que o Governo indique ao Presidente da República um nome para o cargo de Procurador-Geral da República, já me parece incoerente. Que o governo, pela voz do seu Ministro da Administração Interna, venha publicamente demonstrar a sua posição face às nomeações do Senhor Procurador, é lamentável e dispensável.
Quanto ao primeiro, nenhum comentário.

Em Portugal, aparentemente, apenas existem duas pessoas honestas: a Dra. Maria José Morgado e a Dra. …
Ninguém, no seu perfeito juízo, poderá defender a impunidade de qualquer acto ilícito ou ilegal, seja a que nível for, incluindo-se, obviamente, a corrupção.


A Dra. Maria José Morgado tornou-se uma verdadeira Justiceira à portuguesa, qual Dom Quixote feminino na sua luta contra os moinhos de vento.
No entanto, esqueceu-se que tamanho mediatismo e responsabilidade vão transformá-la num diário e constante alvo da curiosidade e crítica pública. E quanto mais alto se sobe, maior é a queda.
Pena é que tanto entusiasmo e dedicação à causa da corrupção, não tenha sido, por exemplo, dedicado ao processo Casa Pia ou à Queda da Ponte Entre Rios.
Talvez muito já se tivesse processado e menos falhas na justiça se tinham verificado. É que há tanta coisa mais importante para resolver na Justiça deste País!
P.S. É lamentável que em Portugal a separação de poderes seja apenas uma realidade fictícia.
Que o Governo indique ao Presidente da República um nome para o cargo de Procurador-Geral da República, já me parece incoerente. Que o governo, pela voz do seu Ministro da Administração Interna, venha publicamente demonstrar a sua posição face às nomeações do Senhor Procurador, é lamentável e dispensável.
7 comentários:
Viva Miguel:
Compreendo a sua análise por estar envolvido o presidente do seu clube do coração.
Mas ele que vá para a prisão onde merecerá estar que o clube continuará e, eventualmente, mais forte porque livre das "ervas daninhas".
Mas não mistifique as questões.
Os intervenientes no processo Casa Pia ou na Queda da Ponte Entre Rios, casos em que subscrevo a sua apreensão, são "meninos de coro" em comparação com aqueles de que trata o "Apito Dourado".
Boa semana.
Um abraço,
Caro Miguel,
para que tudo continue como está, é necessário, de quando em vez, dar um exemplo. Depois tudo volta à normalidade, ou seja, cada um a governar-se como sabe e pode.
PS: Este blog anda muito relapso! E a gente sente!
Cpts
Caro Mostardinha
Não compreende não.
Porque pelo seu comentário, não percebeu nada do que eu disse.
Não se trata do senhor Pinto da Costa, do senhor José Veiga ou lá de quem seja.
Qualquer corrupção que exista é grave e deve ser punida.
Até aqui, seja quem for o implicado, nada coloco em causa.
A questão que levanto é a da prioridade e a da relevância, quer social, quer criminal. E não apenas ao mediatismo.
Se está em causa a corrupção desportiva, parece-me ser de menor importância. Desde que não envolva outros sectores (o que até parece ser o caso).
Agora não vi por parte da senhora, nem da procuradoria tanto empenho em relação a casos mais importantes.
Tão somente, meu caro.
Um abraço
Meu caro Abel
O seu comentário tem uma rasteira, que me obrigou ao recurso a um velhinho Porto-Editora.
Mas descanso-o, meu caro amigo.
Relapso não. Um pouco ocupado e aplicado, sim.
Um abraço
Caro Miguel,
depois do luto que respeito e admiro, pois já não é a primeira vez que o faz, voltou em força e bem, embora pense que esta Senhora tenha qualidades, deixei de apreciar por achar que é muito desbocada.
Sobre o PGR, não tenho a mesma opinião e penso que vai fazer um bom lugar se o deixarem.
Sobre nomeações e Governo, inteiramente de acordo, pois esta gente tem que trabalhar com total independência.
Ha! A Doutora, vai ter muitas dificuldades até porque há muita pouca gente de esquerda no futebol.
Casa Pia, mete-me nojo.
Um abraço.
caro Arauto
Seja bem vindo de regresso, também.
Eu não pus em causa a capacidade e a nomeação do Procurador. Longe disso.
Falei, como referiu, em relação à intromissão do governo oude qualquer governo, para ser mais claro.
Um abraço
Enviar um comentário