“Debaixo dos Arcos” foi, e ainda é, o primeiro blogue não virtual de Aveiro. Espaço de encontro, “tertúlia” espontânea, “diz-que-disse”, fofoquice pegada, críticas e louvores, ..., é uma zona nobre da cidade, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontram e conversam sobre "tudo e nada": o centro do mundo...

04 dezembro 2006

Infelizmente é cíclico!

Vinte e seis anos depois...
Mais do que a comemoração da memória de Camarate, a angústia de uma injusta prescrição.
Porque justiça não foi feita.

É inacreditável este inquietante complexo que a justiça portuguesa tem. Os crimes de Morte nunca deveriam prescrever. Sejam eles qual forem. E a culpa não pode morrer solteira.
 

5 comentários:

AC disse...

Caro Miguel, quanto aos crimes não deverem prescrever estamos de acordo. Mas já pensou na quantidade de gente “importante” que estaria presa?

Não que o caso de Camarate me suscite qualquer preocupação especial, já que diariamente muita gente é vilipendiada, assassinada, despojada da sua dignidade sem que ninguém se preocupe com tal.

Aliás, pelo tanto tempo passado, este caso deveria ter passado à estória já que na história não terá cabimento. O regresso cíclico mais não serve do que para servir intuitos políticos, legitimar indivíduos que se reclamam herdeiros de uma herança inexistente e, entreter a populaça. O circo do costume.

Um abraço.

Migas (miguel araújo) disse...

Pois é, caro Abel.
A questão é mesmo essa que levantamos: o que falta é mesmo a quantidade de gente "importante" estar presa. Porque os que não o são, não escapam.
Quanto a Camarate, é a memória e o meu respeito pessoal pela figura de Adelino Amaro da Costa.
Um abraço

Cristina disse...

não deviam...mas será que faz sentido, digamos, 40 anos depois? que julgamento seria?

beijos estudante :)

Arauto da Ria disse...

Caro Miguel,
é sempre bom recordar e avivar a memória de crimes que vão passando impunes, com a agravante de que este e outros como este ( Padre Max de Vila Real), não terem sido cometidos por um qualquer, mas sim por gente muito graúda.
No caso de Camarate foram ceifadas duas vidas de homens de direita, que pela sua qualidade iriam contribuir e muito para que ela hoje não fosse tão "rasca".
No caso do Padre Max, teria o mesmo efeito na esquerda.
A justiça, é só para alguns.
Um abraço

Anónimo disse...

Boa tarde, Miguel.

Concordo plenamente consigo e também com o Arauto da Ria.

Infelizmente, isso não se passa só em Portugal. Creio que acontece em todo o mundo e, em alguns países, com muito mais frequência.
É lamentável mas o "homem" quando se vê ameaçado, usa de todas as armas para derrubar o inimigo e não há lei (nem interesse em que haja) que puna com legitimidade esses criminosos.

Cumprimentos e tenha um bom fim-de-semana.