“Debaixo dos Arcos” foi, e ainda é, o primeiro blogue não virtual de Aveiro. Espaço de encontro, “tertúlia” espontânea, “diz-que-disse”, fofoquice pegada, críticas e louvores, ..., é uma zona nobre da cidade, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontram e conversam sobre "tudo e nada": o centro do mundo...

02 fevereiro 2006

Stand By

Dois dias de repouso aqui e muita agitação cá no lar, por causa da pequenita.
Mas que raio de situação.
Antigamente (ou se calhar nem tão antigamente assim) qualquer doença tinha nome, alcunha (quase que BI próprio) e muitas vezes curada com um simples medicamento, alguns de produção pharmacêutica, na pharmácia local ou com uma 'deliciosa' receita da avózinha.
Mas hoje...
Ben-Uron de 6 em 6 horas, intercalado com Brufen... febre entre os 38,5 e 39,2, tosse scea e irritante (a chamada tosse de cão, salvo seja) e já lá vão duas noites sem dormir.
Hoje é dia de continuar a dose acrescido do xarope que espero que seja bom para a tosse... e claro, mimos, muitos mimos.
A doença é que teima em permanecer agnóstica (e logo em casa de católico - mais crente que praticante) e não quer ser batizada.
Tudo o que não se conhce dá pelo nome (mais que comum) de virose. Já começo inclusive a descinfiar que mesmo as doenças com nomes bem conhecidos como gripe, bronquite, faringite, etc. passaram a ter o denominante comum de virose.
Enfim... como se dizia há alguns anos atrás: 'quem tem filhos (mesmo que só uma) tem cadilhos.'

8 comentários:

RM disse...

As melhoras para a filhota.

Jorge Greno disse...

Pois é, antigamente jogava-se à bola, à macaca, à carica e andava-se de bicicleta, tomava-se óleo fígado de bacalhau e outras "delícias do género" e como diz o Migas, havia gripes, constipações, amigdalites e outras doenças vulgares.
Hoje, a malta tem PSP, PS2 (sem qualquer conotações de índole policial ou política), telemóveis, brufen e ben-u-ron e viroses.
Se Darwin ainda fosse vivo, será que chamaria a isto a evolução da espécie?

Migas (miguel araújo) disse...

Obrigado Doutor.

Terra e Sal disse...

Amigo Migas:
Só hoje soube e só hoje senti a sua preocupação mesmo brincando com ela, em relação à saúde da sua garota.
Desejo as melhoras para a miuda e que se restabeleça rápido.
Anda para aí uma virose preocupante sim.
Ela vai recuperar rapidamente estou certo, e esse é o desejo de todos que o estimam, tenho a certeza.
Mas não diga que é crente e não praticante.
Se não cumpre os mandamentos e não é praticante,julga que é, mas não é,pelo menos penso isso, desculpe lá e cite-me um Cura que me contrarie...
Mas agora o que importa é que a caxopinha recupere.
Cumprimentos para si e saúde para ela
Terra & Sal

Migas (miguel araújo) disse...

Sinceramente agradecido Terra&Sal.

Migas (miguel araújo) disse...

Caro Amigo Terra&Sal
Qunado me refiro ao ser crente e não praticante, é mesmo isso que quero dizer.
Isto porque sou católico assumido, mas muito preguiçoso no que respeita a ir à missa.
Porque em termos de prática religiosa e miltância cristã, já pasei por muita coisa: pequenos cantores na sé, catequese, grupo de jovens, secretariado da pastoral juvenil, Movimento Católico de Estudantes (do qual uma ilustre presença na AM pelo PS foi minha colega). Como vê... resta-me a crença porque a militãncia cansou-me.
Um grande abraço

Terra e Sal disse...

Meu Caríssimo Migas,
Não vamos aqui discutir filosofias do que é preciso fazer ou é preciso acreditar para se ser ou não Crente.

É que ambos sabemos à partida que não chegaríamos a lado nenhum.
Eu quando lhe dei a “picadinha” não foi mal intencionado, acredite.
O importante é que acredita num Ser superior. Com que então meia dúzia de coisinhas feitas quando menino e ainda sem vontade própria e já acha que cumpriu com os seus deveres de católico.
Para mim, e até posso estar errado, e se calhar estou, mas ou se assume na prática a Doutrina e os Mandamentos e se cumpre sempre e integralmente até ao fim da vida, ou então, há sempre “Alguém” que “questiona” e pede contas!

Por outro lado, quem sabe se esta troca de opiniões sobre uma coisa tão séria, não vai chamar outros mais esclarecidos e com maior convicção para nos ensinar alguma coisa?
Assim haja quem, mas o “pessoal” agora com esta coisa das religiões anda tão “apreensivo” que não vai opinar.

Por outro lado eu penso que faltosos que todos andamos com os Ensinamentos o Evangelho e tão distantes da Luz, vamos ficar apenas com esta troca de palavras carentes de Conhecimento e que só a sua boa vontade deixou chegar até aqui.
Mas quem sabe?
Com amizade
Terra &Sal

Migas (miguel araújo) disse...

Car Amigo Terra&Sal
Não me ofendi com a sua 'picadinha', nem achei o seu comentário provocador. Antes pelo contrário.
Apenas ilustrei melhor os meus escritos.
E não me custa aboslutamente nada em partilhar consigo (o que me apraz bastante) mais alguns "floreados" das crenças e costumes deste seu prezado dialogante.
Obviamente não acho que cumpri os meus deveres católicos. Aliás, digo-lhe sinceramente que não acreditono lema "um filho, um livro e uma árvore". Acho que é mau para qualquer pessoa a estagnação e o desinteresse pelas coisas, sejma elas do mundo ou do espírito.
Mas acredite que as duas últimas acções de militância católica que mencionei foram de consciência individual e de plena opção pessoal. E acredite igualmente que foram 4 anos epoucos meses de uma intensidade bastante elevada, senão máxima, dadas as responsabilidades assumidas de coordenação.
É lógico que estaríamos aqui a discutir eternamente estas questões filosóficas ou teológicas.
Para abreviar digo-lhe muito mundanamente: aceito perfeitamente a sua crítica, até porque a recebo igualmente de casa dos progenitores. É uma facto que existe um distanciamento algo incoenrente entre o crer e o praticar. Se entendermos o praticar como a regularidade de comungar com a comunidade paroquial a celebração espiritual da eucaristia, acho que é reduzir essa prática a um aspecto (embora importante) muito próprio e limitativo.
Por outro lado, acredito que a miltância diária em constante presença nos vários movimentos laicos ou a coerência dos nossos actos com aquilo em que acreditamos e professamos, é deveras importante.
E pelo facto de ter "gasto" (no bom sentido) bastante tempo com a presença na Pastoral Juvenil e no MCE, acredite que tento (nem sempre conseguindo, porque fraca é a carne) no dia-a-dia manter-me fiel ao que acredito.
Por útlimo, estamos inteiramente de acordo: na política e na religião (ai o sacrilégio da mistura e da comparação) o afastamento do que é a sua essência - o povo - é cada vez maior.
Culpas?!!
De todos.
Abraços sinceros