“Debaixo dos Arcos” foi, e ainda é, o primeiro blogue não virtual de Aveiro. Espaço de encontro, “tertúlia” espontânea, “diz-que-disse”, fofoquice pegada, críticas e louvores, ..., é uma zona nobre da cidade, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontram e conversam sobre "tudo e nada": o centro do mundo...

23 janeiro 2006

Sentido Giratório

'Reza' assim o Código da Estrada (o último).
Artigo 16º (Placas, postes, ilhéus e dispositivos semelhantes)
1 - Nos cruzamentos, entroncamentos e rotundaso trâncisto faz-se por forma a dar a esquerda à parte central dos mesmo ou às placas, postes, ilhéus direccionais ou dispositivos semelhantes existentes, desde que se encontrem no eixo da faixa de rodagem de que procedem os veículos.
Já no Artigo 14º (Pluralidade das vias) é referido:
1 - (...)
2 - Dentro das localidades, os condutores devem utilizar a via de trânsito mais conveniente ao seu destino, só lhes sendo permitida a mudança para a outra, depois de tomadas as devidas precauções, a fim de mudar de direcção, ultrapassar, parar ou estacionar.
3 - Ao trânsito em rotundas, situadas dentro e fora das localidades, é também aplicável o disposto no número anterior, salvo no que se refere à paragem e estacionamento.
Serve, tão exemplar 'latim' para me referir à notícia que li no JN de 20.01.2006 referente à problemática da circulação na nova rotunda da E.N. 109 (rotunda da policlínica) e que quase que diariamente regista um sinistro.
foto Nuno Alegria - JN 20.01.06
Por razões de destino obrigatório, todos os dias (pelo menos à semana) utilizo 6 vezes aquele ponto rodoviário.
Podemos questionar se não seria preferível, do ponto de vista da circulação e dando continuidade a outras estruturas semelhantes e existentes, ter sido construída uma passagem desnivelada. Até posso defender que sim.
No entanto, a estrutura existente, não tem, em si, qualquer tipo de erro de planeamento e execução, nem qualquer gravidade do ponto de vista rodoviário.
Grave é a forma como a maioria dos portugueses conduz na estrada e coloca em prática o preceituado no Código da Estrada.
Este não obriga á circulação pela direita, pelo centro ou pela faixa mais à esquerda. É uma questão de 'bom senso' e racionalidade. Quando se aborda a rotunda, deve-se simplesmente ter em conta o nosso destino e a saída a utilizar.
Enquanto não houver disciplina e civísmo nas nossas estradas, vão existir muitas rotundas 'mal feitas' como desculpa para as azelhices dos portugas ao volante.

Sem comentários: