“Debaixo dos Arcos” foi, e ainda é, o primeiro blogue não virtual de Aveiro. Espaço de encontro, “tertúlia” espontânea, “diz-que-disse”, fofoquice pegada, críticas e louvores, ..., é uma zona nobre da cidade, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontram e conversam sobre "tudo e nada": o centro do mundo...

25 janeiro 2006

(des)ética institucional

Nada me move contra os economistas aos quais reconheço capacidades únicas para 'manusear' os números numa matemática nada convencional (não é ironoia para com o Dr. Raúl Martins, nem ao Carlos Martins).
Mas quando juntamos política com economia, normalmente (99,99999%) temos pólvora e explosão, na certa. Em abono da verdade (e dos visados) quase sempre da responsabilidade exclusiva do político.
A minha modesta leitura do país (através dos jornais, tv e blogoesfera) e da leitura da europa (normalmente baseada aqui) nada detectou sobre urgências orçamentais, exigências urgentes e extraordinárias das normativas europeias ou qualquer catástrofe financeira.
E mais...
Se a memória não me falha, o mandato do sr. governador do banco de portugal terminava em Abril próximo.
Segundo a informação pública, a tomada de posse do novo presidente da república terá lugar no dia 9 de Março.
A coexistência do PR com o Governador do BP é conjunta durante o próximo mandato.
Assim sendo...
Porquê tanta pressa na recondução do cargo de governador do bp do dr. vitor constâncio?!
Por receio?! Por afirmação política?! De certeza que por nada. Apenas para mais um caso 'politiquês'.
À pressa e depressinha... mas eticamente questionável do ponto, de vista institucional.

1 comentário:

Carlos Martins disse...

É obvio que a recondução do Dr. Vitor Constâncio foi uma decisão puramente política, cujo timing podia e devia ter sido outro por respeito ao PR recem eleito.

Mas sou o primeiro a afirmar que o Dr. Vitor Constâncio tem sido um Gov. do BP exemplar, raramente se emiscuindo nas decisões do governo (exceptuando aquela oportuna revelação de deficit futuro...).

Mas a verdade é que as funções do BP desde a entrada em circulação do Euro, ficaram reduzidas. Ja não lhe cabe zelar pela estabilidade dos preços, pelo que o seu campo de actuação é quase meramente consultivo.