“Debaixo dos Arcos” foi, e ainda é, o primeiro blogue não virtual de Aveiro. Espaço de encontro, “tertúlia” espontânea, “diz-que-disse”, fofoquice pegada, críticas e louvores, ..., é uma zona nobre da cidade, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontram e conversam sobre "tudo e nada": o centro do mundo...

11 dezembro 2005

Grand Vitesse

Face à situação económica, ao desenvolvimento do país, às assimetrias que vão emergir, à rentabilidade do investimento, não acredito no projecto da OTA, como não acredito num outro qualquer projecto que signifique a construção de um novo aeroporto.
Temos que chegue! Rentabilize-se e reestruture-se os existentes.
Portugal tem outras necessidades... mais e melhor emprego, melhor saúde, melhor justiça, melhor segurança social, mais educação, mais cultura, mais europa!
Mais infraestruturas que signifiquem mais desenvolvimento.
É o caso do TGV - Rede Ferroviária de Alta Velocidade.
Aqui, mesmo com a necessário elevado investimento, há uma questão importante e nacional: Portugal não pode ficar refém e isolado face ao domínio espanhol no âmbito ibérico.
Isto é um facto... uma realidade inquestionável.
O que pode então estar em causa, neste projecto?
O desenvolvimento regional e nacional, com a prioridade dada à ligação Lisboa - Madrid.
Lisboa começa a centralizar em si um número excessivo de investimentos, como se o resto do país não existisse, não produzisse e não necessite de desenvolvimento.
Porquê a prioridade à ligação Lisboa-Madrid, quando me parece mais vantojosa, a vários níveis, a ligação aérea, entre estas duas cidades?!
Se a ligação Lisboa-Porto não oferece muitas dúvidas ou quase nenhumas, porquê não investir igualmente na ligação Aveiro-Salamanca, estruturada no peso económico, social e cultural, equilibrando geográficamente o desenlvimento do país, tornando esta ligação num eixo fulcral para a econimia nacional?! Há potencialidades reais neste eixo, como uma entrada previligiada em Espanha e na importância notória da Universidade de Salamanca na formação e educação.
E porque não prolongar a ligação Lisboa-Porto até Vigo (Galiza), suportada em argumentos tão cimentados como os históricos, sociais, económicos e culturais entre o Norte e a Galiza e Astúrias?! O Norte, outrora região fulcral no desenvolvimento do país, vive hoje uma realidade bem diferente, abraços com uma grave crise económica e social.
Investimento sim! Com racionalidade...
Nós que somos tão pródigos em criar 'elefantes brancos', por falta de desenvolvimento estruturado.

2 comentários:

Migas (miguel araújo) disse...

Caro Ceboleiro e Caragéu
Não é uma questão tão simples de prioridades. É uma questão de desenvolvimento racional e estruturado. De evitar assimetrias e desenvolver o centro e interior de Portugal.
Não é por falta de políticas racionais deste (des)governo que se pode pôr em causa outros investimentos claramente importantes (não digo mais do que os que nomeou).
E não é só a Segurança e o INEM, é a saúde, a justiça, a segurança social, a educação, a europa...
Há muito por fazer e mudar... e também na mobilidade, na acessibilidade e na relação coma vizinha espanha.

Migas (miguel araújo) disse...

Ñão duvide que acabámos por estar de acordo.
Há uma grave crise de desenvolvimento sustentado em Portugal. Plenamente de acordo.
Mas...
Não inviabiliza o que eu postei!
Não penso que o país esteja em condições europeias de perder este 'combóio'!