

E nem a experiência e profissionalismo dos entrevistadores/moderadores serviu para aquecer o ‘ambiente’.
Foi, claramente, o reflexo duma campanha pobre, vazia de ideias e que rema contra a oposição do próprio eleitorado que as rodeia: os apoios no PS e no PCP a Manuel Alegre.
O debate serviu para prender ainda mais
Jerónimo de Sousa, com frases feitas e gastas e sem qualquer carisma presidencialista, limitou-se a usar e abusar do seu tempo para criticar o Governo, sem qualquer alternativa válida. E mesmo a afirmação de que até à data nenhum presidente usou correctamente a constituição, foi infeliz e pobre, já que os presidentes eleitos até hoje (após o 25 de Abril) foram todos da ala esquerda.
Quanto ao debate estamos conversados:
A própria expectativa criada em torno dos possíveis ataques a Cavaco Silva, saiu perfeitamente dissimulada e ineficaz (para não dizer ausente), não provocando, por isso, qualquer fraccionamento em eleitorados ou um decréscimo dos indecisos.
Estas eleições mostram que Cavaco Silva tem apenas um adversário com que se preocupar (eventualmente de peso e que possam ‘retirar-lhe’ o sono): A abstenção. A abstenção de um eleitorado português que em muitos casos se mostra preguiçoso, extremamente confiante e pouco participativo quando não estimulado.
Aqui poderá residir a grande preocupação de Cavaco Silva: convencer os que acreditam em si a confirmarem essa vontade no voto no dia 22 de Janeiro.
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