“Debaixo dos Arcos” foi, e ainda é, o primeiro blogue não virtual de Aveiro. Espaço de encontro, “tertúlia” espontânea, “diz-que-disse”, fofoquice pegada, críticas e louvores, ..., é uma zona nobre da cidade, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontram e conversam sobre "tudo e nada": o centro do mundo...

29 dezembro 2005

Deixa-me rir...

É o título e refrão de uma conhecida música de Jorge Palma .
Mas é também a forma como classifico a opinião de Mário Soares e de Manuel Alegre sobre a solicitação, por parte dos sindicatos, da intervenção do PR no tema 'salários da função pública'.
A mera sugestão de Cavaco Silva sobre a criação de uma secretaria de estado ligada ao investimento estrangeiro em Portugal, revelou-se num frenseim descontrolado e irracional por parte das candidaturas de esquerda. Tal sugestão do Prof. foi imediatamente apelidada de intromissão governativa e de 'atentado constitucional'.
Porém as duas candidaturas de eleitorado socialista, não tiveram a coragem política de afirmar que uma eventual intervenção de Jorge Sampaio seria uma grave intromissão na esfera governativa.
E não o fizeram por duas razões claras e incoerentes com o que até à data sempre afirmaram:
1. O PR tem que ser, obviamente, interventivo e capaz de interpelar as acções governativas, por forma a garantir o desenvolvimento estruturado da sociedade portuguesa.
2. As duas candidaturas não tiveram a coragem política para confrontarem o actual governo e declararem que já basta de sacríficios para a função pública, que existem outras medidas efeicazes para garantir um melhor controle da despesa pública e que aos funcionários públicos não tem que caber a responsabilidade de pagar, sistematicamente, a 'factura'. E não o fizeram porque tal significaria o confronto com a sua estrutura de apoio eleitoral. Tal demonstra que, afinal, as suas candidaturas de supra-partidário e independente têm muito pouco. Muito pouco mesmo.

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