“Debaixo dos Arcos” foi, e ainda é, o primeiro blogue não virtual de Aveiro. Espaço de encontro, “tertúlia” espontânea, “diz-que-disse”, fofoquice pegada, críticas e louvores, ..., é uma zona nobre da cidade, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontram e conversam sobre "tudo e nada": o centro do mundo...

15 dezembro 2005

150.000.000 = número!

Ainda há bem pouco tempo (rescaldo das eleições autárquicas) muitas vozes vaticinavam a eventualidade (para alguns - a certeza) de Aveiro se transformar num marasmo e parar no tempo. E agora que o executivo se propõe criar condições para que a cidade e o concelho se tornem mais desenvolvidos, as críticas voltam a mostrar-se.
Como dizia o ditado: "preso por ter e preso por não ter"!
Que constrangimento político existe (qual calamidade pública) na continuidade de projectos válidos para Aveiro, só pelo facto de os mesmos transitarem do mandato anterior? Alguém de bom senso estaria à espera que este novo executivo apresentasse, em tão curto espaço de tempo, todo o seu projecto para a cidade e o concelho?! Não restam ainda quatro anos de gestão?!
Para quê criar uma tempestade política quando não se conhece (na totalidade ou superficialmente) o documento, sem aguardar as devidas explicações do seu conteúdo?!
Conhecem-se os investimentos e a sua aplicabilidade?
Sabe-se qual a transferência de competências para as juntas de freguesia?
Que projectos estão definidos? Como executá-los, do ponto de vista prático e orçamental? Qual a sua sustentabilidade?
Que 'fatia do bolo' cabe à recuperação financeira e ao saneamento das dívidas?
Se se pretende Aveiro vivo e desenvolvido, porquê tanta incerteza e surpresa? A Assembleia Municipal já se pronunciou?
Se se mantiver a promessa do rigor na gestão orçamental, estão criadas as condições para melhorar e desenvolver a nossa qualidade de vida!
O resto é supérfluo e excedentário. Demagogia política e analítica.
Outro alarido, à falta de argumentações, foi originado pela ausência do presidente da câmara na reunião.
Se o Presidente faltou terá tido razões óbvias. Não faz qualquer outro sentido outra argumentação. A razão da ausência tem, logicamente, de ser justificativa face à importância do acto.
Por outro lado, sendo importante a aprovação deste documento contando com a presença do presidente (responsável máximo pela estrutura camarária), não deixará de ser igualmente relevante a ausência da figura mais experiente (porventura mais importante) da oposição, neste importante momento - pelo menos no exercício do direito à contraposição! E sobre este facto nada ouvi dizer!
O orçamento e o planeamento de projectos são determinantes para o desenvolvimento e imagem de Aveiro. Que sejam julgados no final da sua aplicabilidade.

1 comentário:

Anónimo disse...

Desculpa lá Miguel, mas para quê justificar o injustificável ? O problema não é os projectos serem os mesmos, é termos andado a dizer que o Souto apresentava orçamentos irreais e agora fazermos muito pior...E a ausência de um vereador da oposição não é comparável à do Presidente da Câmara responsável pelo orçamento.