“Debaixo dos Arcos” foi, e ainda é, o primeiro blogue não virtual de Aveiro. Espaço de encontro, “tertúlia” espontânea, “diz-que-disse”, fofoquice pegada, críticas e louvores, ..., é uma zona nobre da cidade, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontram e conversam sobre "tudo e nada": o centro do mundo...

18 dezembro 2005

Orçamentação polémica (actualizado)

Prevalecendo o 'bom senso' em relação ao assunto, depois do que Aqui referi, transcrevo o comentário que me 'atrevi' a realizar ao interessante post do Dr. Raúl Martins na sua Margem Esquerda.(Actualizado Aqui)
 
"Felizmente alguém, embora reconhecidamente crítico, vem colocar ‘bom senso’ neste alarido desmedido à volta de um número curioso, polémico, interessante, ‘quiçá’ real ou não!
Já não me sinto sozinho. E mais realce tem este seu post, porque demonstra um carácter democrático interessante. Apesar de crítico quanto ao executivo (ponto de vista obviamente contrário ao meu) não deixa de sublinhar aspectos comuns a meus comentários e ‘post’ no meu blog.
Deixando para o caro doutor a árdua tarefa da análise e explicação técnica que um documento desta natureza acarreta do ponto de vista económico-financeiro (algo a que estou, comparativamente, em clara desvantagem), entendo que as criticas já proferidas por muitas vozes (à excepção da minha) discordantes teriam mais sentido se as mesmas tivessem sido realizadas após o conhecimento público das opções do plano que definem os objectivos e os princípios de gestão para o próximo ano camarário. Aguardemos.
Não me revejo no que o Dr. Raúl Martins afirma nos seus pontos 2 e 3. Penso que as primeiras explicações públicas deste documento devem ocorrer na AM, quer pela parte do sr. presidente, quer pela parte do responsável financeiro da autarquia. Daí que acho não fazer muito sentido que o Dr. Miguel Capão Filipe tivesse que expressar qualquer declaração de voto sobre o orçamento. Muitas vezes recordo uma velha expressão, com todo o devido respeito: ‘cada macaco no seu galho’.
Este documento agora aprovado (e já tão polémico) considero-o, pessoalmente, revestido da maior importância para o município (eventualmente a par com o relatório de gestão). Mas, como o caro doutor faz referência, também entendo que esta relevância é-o tanto para a maioria, como para a oposição. Daí que tenha referido no meu espaço que acredito numa justificação por ‘razões muito ponderadas’ (usando expressão sua) para as ausências do sr. presidente e da eng. Lusitana Fonseca. Permita-me uma ligeira distinção nas situações. Embora o presidente do executivo seja o responsável máximo pela gestão camarária, entendo que, face à posição maioritária, o seu papel deva ser mais relevante na apresentação pública à AM e ao município, do que na sua aprovação. Infelizmente para quem está na oposição, este parece-me ser o momento mais apropriado para, se for caso disso, apresentar as críticas e opor-se à sua aprovação (mesmo que na prática impossível).
Por último, quando refere a existência de ‘mais pontos prévios para analisar’, permita-me o desafio: foi referido pela vereação da oposição que achavam curioso o facto de a maioria dos projectos englobados no documento em causa, transitarem do mandato do dr. Alberto souto. Como não vejo nisso nada de politicamente constrangedor, desde que os mesmos sejam válidos para Aveiro, não percebo porque a oposição não se absteve (já para não dizer votar a favor) ou não impediu (se regulamentarmente possível) a discussão e votação do documento, pelo pouco tempo para a sua análise, apesar da justificação dada para o atraso na sua elaboração.
Solidariamente aliviado pelo seu desentupimento.

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