Passados os festejos, sanados os excessos, voltar à realidade.
Valerá a pena tanta euforia em tão poucas horas?!
Entrámos em 2011... estamos no primeiro dia do ano em que:
- aumentam os impostos;
- aumentam os preços;
- diminuem as deduções fiscais;
- alteram-se as reformas;
- pagamos mais pelo mesmo ou por menos;
- aumenta o desemprego e a incerteza empresarial;
- aumenta a instabilidade social, a pobreza e a fome;
- não sabemos se o FMI regressa;
- não sabemos se o Governo aguenta;
- não sabemos se Cavaco Silva (tendo como certa a sua reeleição) aguenta a pressão e a tentação de demitir o governo;
- não sabemos onde vai parar o défice público (para alguns, nem sabemos onde irá parar o euro)...
Mas celebramos euforicamente a despedida de 2010 e a entrada em 2011... PARA QUÊ?!
Como disse hoje Paulo Ferreira (editor de economia da RTP) no Twitter: "Em 2010 chegou a factura e em 2011 vem o recibo".
Esta passagem de ano (2010 para 2011) faz-me lembrar a velha (velhissima) anedota da visita a jardim zoológico: explicava o tratador das hienas que estas eram um animal peculiar: comiam fezes de outros animais, procriavam uma vez por ano e "riam" muito. Ao que uma das crianças da visita questionou: se comem a m**** dos outros e fazem sexo uma vez por ano, riem de quê?!"
O mesmo me apetece perguntar: rimos e celebramos euforicamente o quê?!
Que 2013 chegue bem depressa... pelo menos!
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