Publicado na edição de hoje, 21.02.2010, do Diário de Aveiro.
Cambar a Estibordo...
A semana em resumo.
Liberdade de Informação
A semana iniciou-se com mais um dos “casos” políticos e judiciais que, independentemente de toda a polémica e suspeitas levantadas e perante os factos apresentados, em Portugal têm o desfecho já conhecido: zero.
O caso das escutas e do eventual condicionamento da comunicação social marcou o fim-de-semana passado e foi marcando a agenda política e social ao longo da semana, com o consequente início dos trabalhos da comissão parlamentar de ética.
Para já, na Assembleia da República foram passando nomes como Mário Crespo (jornalista e pivot da SIC), José Manuel Fernandes (jornalista e ex-director do Público), Felicia Cabrita (jornalista do SOL), António Costa (Director do Diário económico), Arons de Carvalho (ex-secretário de Estado da Comunicação Social) e Armando Vara.
Outros nomes se perfilam para um comissão parlamentar que se prevê longa no seu trabalho de análise à relação entre a comunicação social e o poder político.
Nomes como Luciano Alvarez (jornalista do Público) e o de Fernando de Lima (ex-assessor do Presidente da República).
Alerta geral Socialista
Por mais que o PS e o Governo venham a público negar fragilidades e sintomas de inquietude, o que é um facto é que o Primeiro-ministro apressou-se esta semana, paralelamente a toda a polémica gerada, a desdobrar esforços no sentido de manter unidas e cerradas as fileiras socialistas.
Começou com uma reunião do Secretariado Nacional e terminará com uma reunião da Comissão política Nacional.
Pelo meio ficou uma declaração pública (mais para a comunicação social do que para o país – que há mesma hora preferia ver o jogo europeu entre o Herta de Berlim e o Benfica) para negar qualquer interferência no negócio da compra da TVI.
Foi uma declaração sem dados novos ou relevantes, perfeitamente inócua.
Sem consequências ou clarificações.
As escutas… ainda e sempre!
Diz o ditado popular que “onde há fumo, há fogo”. E com toda a sabedoria que se reconhece.
É que se o tema não fosse controverso, polémico, não tivesse impacto na sociedade civil e no meio político, não tínhamos necessidade de assistir a uma demissão/renúncia da administração da PT de um dos principais implicados no caso - Rui Pedro Soares.
Por outro lado, como se já não bastasse a imagem negativa que os cidadãos têm da justiça em Portugal, a desconfiança sobre os argumentos e fundamentação do Procurador-Geral da República no arquivamento das escutas que envolvem o Primeiro-ministro mantém-se enquanto se mantém este distanciamento de Pinto Monteiro em relação a um necessário e óbvio esclarecimento público.
A semana de candidaturas
Mesmo que relegadas para segundo plano face ao acontecimento político de “cartaz”, a semana ficou marcada pelo anúncio de mais duas candidaturas, em contextos distintos.
Aguiar Branco é o terceiro candidato à cadeira do poder social-democrata, depois dos anúncios de Pedro Passos Coelho e de Paulo Rangel, apesar de muitos aguardarem uma desistência ou fusão, no Congresso extraordinário de Março, com a candidatura de Paulo Rangel, unindo esforços para travar Passos Coelho.
Para além da terceira alternativa interna a Manuela Ferreira Leite, foi a vez do Presidente da AMi, Fernando Nobre apresentar a sua candidatura a Belém, para 2011.
Tal como Manuel Alegre, o médico Fernando Nobre surgiu como independente, extra-partidário, embora seja conhecida a sua ligação com Mário Soares e a sua área eleitoral se situar na mesma franja que a de Manuel Alegre. Neste caso, a direita/Cavaco Silva agradecem.
O Desemprego não pára de aumentar
Enquanto o país se “distrai” com polémicas e controvérsias, em alguns aspectos, demagogas, segundo os dados do INE, a taxa de desemprego em Portugal, no último trimestre de 2009, fixou-se nos 10,1%, ultrapassando a mítica barreira dos dois dígitos e provocando um valor médio anual, para o ano transacto, de 9,5%.
Este valor é bastante superior aos 7,6% de 2008 e está muito distante das previsões do Governo.
Estes dados do INE indicam que em Portugal, no início do ano de 2010, que o governo apontou como o ano de retoma, cerca de 565 mil pessoas se encontram desempregadas.
Boa Semana…
Cambar a Estibordo...
A semana em resumo.
Liberdade de Informação
A semana iniciou-se com mais um dos “casos” políticos e judiciais que, independentemente de toda a polémica e suspeitas levantadas e perante os factos apresentados, em Portugal têm o desfecho já conhecido: zero.
O caso das escutas e do eventual condicionamento da comunicação social marcou o fim-de-semana passado e foi marcando a agenda política e social ao longo da semana, com o consequente início dos trabalhos da comissão parlamentar de ética.
Para já, na Assembleia da República foram passando nomes como Mário Crespo (jornalista e pivot da SIC), José Manuel Fernandes (jornalista e ex-director do Público), Felicia Cabrita (jornalista do SOL), António Costa (Director do Diário económico), Arons de Carvalho (ex-secretário de Estado da Comunicação Social) e Armando Vara.
Outros nomes se perfilam para um comissão parlamentar que se prevê longa no seu trabalho de análise à relação entre a comunicação social e o poder político.
Nomes como Luciano Alvarez (jornalista do Público) e o de Fernando de Lima (ex-assessor do Presidente da República).
Alerta geral Socialista
Por mais que o PS e o Governo venham a público negar fragilidades e sintomas de inquietude, o que é um facto é que o Primeiro-ministro apressou-se esta semana, paralelamente a toda a polémica gerada, a desdobrar esforços no sentido de manter unidas e cerradas as fileiras socialistas.
Começou com uma reunião do Secretariado Nacional e terminará com uma reunião da Comissão política Nacional.
Pelo meio ficou uma declaração pública (mais para a comunicação social do que para o país – que há mesma hora preferia ver o jogo europeu entre o Herta de Berlim e o Benfica) para negar qualquer interferência no negócio da compra da TVI.
Foi uma declaração sem dados novos ou relevantes, perfeitamente inócua.
Sem consequências ou clarificações.
As escutas… ainda e sempre!
Diz o ditado popular que “onde há fumo, há fogo”. E com toda a sabedoria que se reconhece.
É que se o tema não fosse controverso, polémico, não tivesse impacto na sociedade civil e no meio político, não tínhamos necessidade de assistir a uma demissão/renúncia da administração da PT de um dos principais implicados no caso - Rui Pedro Soares.
Por outro lado, como se já não bastasse a imagem negativa que os cidadãos têm da justiça em Portugal, a desconfiança sobre os argumentos e fundamentação do Procurador-Geral da República no arquivamento das escutas que envolvem o Primeiro-ministro mantém-se enquanto se mantém este distanciamento de Pinto Monteiro em relação a um necessário e óbvio esclarecimento público.
A semana de candidaturas
Mesmo que relegadas para segundo plano face ao acontecimento político de “cartaz”, a semana ficou marcada pelo anúncio de mais duas candidaturas, em contextos distintos.
Aguiar Branco é o terceiro candidato à cadeira do poder social-democrata, depois dos anúncios de Pedro Passos Coelho e de Paulo Rangel, apesar de muitos aguardarem uma desistência ou fusão, no Congresso extraordinário de Março, com a candidatura de Paulo Rangel, unindo esforços para travar Passos Coelho.
Para além da terceira alternativa interna a Manuela Ferreira Leite, foi a vez do Presidente da AMi, Fernando Nobre apresentar a sua candidatura a Belém, para 2011.
Tal como Manuel Alegre, o médico Fernando Nobre surgiu como independente, extra-partidário, embora seja conhecida a sua ligação com Mário Soares e a sua área eleitoral se situar na mesma franja que a de Manuel Alegre. Neste caso, a direita/Cavaco Silva agradecem.
O Desemprego não pára de aumentar
Enquanto o país se “distrai” com polémicas e controvérsias, em alguns aspectos, demagogas, segundo os dados do INE, a taxa de desemprego em Portugal, no último trimestre de 2009, fixou-se nos 10,1%, ultrapassando a mítica barreira dos dois dígitos e provocando um valor médio anual, para o ano transacto, de 9,5%.
Este valor é bastante superior aos 7,6% de 2008 e está muito distante das previsões do Governo.
Estes dados do INE indicam que em Portugal, no início do ano de 2010, que o governo apontou como o ano de retoma, cerca de 565 mil pessoas se encontram desempregadas.
Boa Semana…
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