“Debaixo dos Arcos” foi, e ainda é, o primeiro blogue não virtual de Aveiro. Espaço de encontro, “tertúlia” espontânea, “diz-que-disse”, fofoquice pegada, críticas e louvores, ..., é uma zona nobre da cidade, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontram e conversam sobre "tudo e nada": o centro do mundo...

24 julho 2009

Uns vão...

Outros poderão vir (entrar).
Enquanto a Assembleia da República vê partir o seu deputado poeta, e consequentemente, José Sócrates e o PS ficam mais aliviados internamente, Manuela Ferreira Leite e o PSD pderão vir a ter o seu próprio "Manuel Alegre", personalizado por Pedro Passos Coelho.
É interessante o artigo de opinião de João Miguel Tavares, no DN do passado dia 21 de Julho.
Posso concordar com a reflexão de João Miguel Tavares, mas também posso alvitrar um outro desfecho, que não o "engolir o sapo" que o jornalista adianta.
É que não incluir Pedro Passos Coelho numa lista (elegível) de um circulo eleitoral para as próximas legislativas poderá ser analisada por duas perspectivas:
1. Retirar do hemicíclo legislativo uma voz, porventura, dissonante e incómoda (tal como o tem feito, exceptuando a fase pós-europeias).
2. E, em caso de vitória eleitoral nas próximas legislativas, o tempo se encarregará de "abafar" e "esconder" Pedro Passos Coelho.
No entanto, não há bela sem senão, seja na vida, seja na política.
A opção de não incluir Pedro Passos Coelho num circulo eleitoral poderá "vitimizar" o político e lançá-lo como alterantiva ao poder "laranja", caso Manuela Ferreira Leite perca o combate com José Sócrates.
É uma questão de ponderação dos riscos... e ver até que ponto Manuela Ferreira Leita vence esta batalha interna.

1 comentário:

Anónimo disse...

Manuel Alegre é um grande democrata. Saiu, e fez mal!
Empobreceu a política já de si tão carenciada de gente com valores morais. Cada vez mais a política está entregue a mercadores, a gente que não a serve, que apenas se serve dela para sobreviver e se impor socialmente, tentando branquear a trampa que são.
Muitos desses "políticos" de caca nunca se conseguiram impor no mundo do trabalho, o teste mais eficaz para medirmos a capacidade de cada um, mas nós elegemo-los, como se de boa gente se tratasse.
Estamos cercados de gentinha sem mérito e sem escrupulos que procura um estatuto fácil, que afinal, está já tão degradado.
Nos partidos organizam-se em “famílias” que mais parecem gangs.
Depois ficam à "coca", à espera de uma brecha para penetrarem e irem espoliar o já tão depauperado erário publico.
Manuel Alegre era um político, um homem a sério, tinha uma doutrina e uma alma.
Não era nem mercenário, nem um lambe-botas que se pusesse de cu para o ar para agradar ao "chefe".
Fez mal em partir,vai fazer falta!