“Debaixo dos Arcos” foi, e ainda é, o primeiro blogue não virtual de Aveiro. Espaço de encontro, “tertúlia” espontânea, “diz-que-disse”, fofoquice pegada, críticas e louvores, ..., é uma zona nobre da cidade, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontram e conversam sobre "tudo e nada": o centro do mundo...

25 abril 2008

34 anos depois...

Pela memória dos que se esforçaram para que outros, hoje, infelizmente, estraguem, desprezem, desperdicem e ignorem...

3 comentários:

Didas disse...

Sim, mas nem todos.

Migas (miguel araújo) disse...

Pois é Didas. De facto nem todos.
Mas muitos, mesmo. E infelizmente os que serão a memória futura da história.
Tomando as palavras do Presidente desta República, é curioso que, na quinta-feira, durante uma avaliação oral à cadeira de Cultura Contemporânea, na análise do liro "Portugal, Hoje" de José Gil (muito bom), eu focava este aspecto: do desinteresse dos jovens (ente os 20 e os 30) pelo "espaço-públio", a intervenção, a politica, a sociedade e o exercício de cidadania.
E referi quea culpa não era deles (ou pelo menos, só deles). É que enquanto eu, desde os 15 aos 28-29 anos (e com toda a certeza, a minha geração - a dos 35 aos 45) sempre foi "alimentada" cultural, social, religiosa e políticamente pela geração mais velha, não fui depois disso, capaz de "alimentar" da mesma forma os mais novos.
Porque nos desleixámos. Porque a sociedade evoluiu de forma muito mais mediática, imediata, a uma velocidade estonteante (principalmente ao nivel da ciência e da tecnologia).
Tudo aconteceu muito rápido sem nos apercerbermos e conseguirmos encontrar formas de manter vivo aquilo que nos ensinar e nos ajudaram a seremos homens e mulheres (seja lá o que tiver sido).
E esta geração dos 20-30, como eu dizia na aula, é uma geração (não rasca, mas "à rasca") orfã do 25 de Abril. Tem "avós", mas não tem "pais e mães".
bjs

Didas disse...

É verdade. Não sei o que se passa, de facto. Eu preocupo-me em passar aos meus filhos qualquer coisa que faça deles pessoas "acordadas". E sei que não é fácil, o chamamento das futilidades é muito atraente. O novo cartão Tag para fazer tudo e nada ao mesmo tempo, por exemplo...