Publicado na edição de hoje (14.02.2008) do Diário de Aveiro.
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Crónicas dos Arcos
Prioridades…
Derivado, como a maioria do léxico luso, do latim vulgar será, etimologicamente, algo que está mais avançado (“prioritas”) ou numa qualquer consulta a um dicionário, corresponderá a uma definição próxima de algo que traduzirá a condição do que está em primeiro lugar em importância, urgência, necessidade, premência, etc..
Em toda a nossa vida e no nosso quotidiano é comum estabelecermos metas, objectivos e respectivas prioridades: o curso superior, mudar para um emprego melhor, fazer aquela viagem há muito sonhada, a educação dos filhos, mudar de casa, ou simplesmente… viver.
Assim como individualmente estabelecemos as nossas prioridades em função dos nossos objectivos e princípios de vida, também o Estado (Governo) estabelece as suas preferências e importâncias, ou pelo menos assim deveria ser (o que muitas vezes, ao olharmos a crua realidade, é legítimo questionar).
Este facto veio o Presidente da República lembrar a propósito da eventual e hipotética candidatura de Portugal à realização do Mundial de Futebol, em 2018 (isoladamente ou em parceria com a vizinha “mal-amada” Espanha) e ventilada pelo Presidente da Federação Portuguesa de Futebol.
Felizmente que a triste e preocupante situação em Timor, as polémicas declarações do Director Nacional da PJ sobre o caso Madie, o ainda ressoar das declarações, tão verosímeis quão bombásticas, do Bastonário da Ordem dos Advogados e mais recentemente a “luta” de interesses na capital sobre “quem, como e onde” ganhar dinheiro (do erário público) a atravessar o Tejo, acabaram por dissimular a questão e torná-la secundária (embora não se perceba se menos prioritária que as referidas), evitando-se, desta forma, mais “um caldo entornado”.
Mas apesar disso, houve quem não ficasse indiferente a esta problemática (se é que é controversa). E como em quase tudo (99,999%) o que potencia o “prós e contra” da polémica nacional e do confronto (normalmente inconsistente) fundamentalista neste país, lá se levantaram as vozes das ditas “prioridades” e do “anti-futebolês”.
É óbvio que o país tem necessidades e carências graves a necessitarem intervenção e solução prioritárias: a saúde, o ensino, a justiça, o emprego e a economia. São problemas de sobra para se resolverem e permitirem um melhor bem-estar social e desenvolvimento do país.
Mas também o são em relação ao TGV, ao novo aeroporto, a mais pontes sobre o Tejo, a um fantasmagórico choque tecnológico, a um novo canal generalista de televisão, à rede de televisão digital, etc. Porquê então tanta aversão ao futebol?!
Prioridades…
Derivado, como a maioria do léxico luso, do latim vulgar será, etimologicamente, algo que está mais avançado (“prioritas”) ou numa qualquer consulta a um dicionário, corresponderá a uma definição próxima de algo que traduzirá a condição do que está em primeiro lugar em importância, urgência, necessidade, premência, etc..
Em toda a nossa vida e no nosso quotidiano é comum estabelecermos metas, objectivos e respectivas prioridades: o curso superior, mudar para um emprego melhor, fazer aquela viagem há muito sonhada, a educação dos filhos, mudar de casa, ou simplesmente… viver.
Assim como individualmente estabelecemos as nossas prioridades em função dos nossos objectivos e princípios de vida, também o Estado (Governo) estabelece as suas preferências e importâncias, ou pelo menos assim deveria ser (o que muitas vezes, ao olharmos a crua realidade, é legítimo questionar).
Este facto veio o Presidente da República lembrar a propósito da eventual e hipotética candidatura de Portugal à realização do Mundial de Futebol, em 2018 (isoladamente ou em parceria com a vizinha “mal-amada” Espanha) e ventilada pelo Presidente da Federação Portuguesa de Futebol.
Felizmente que a triste e preocupante situação em Timor, as polémicas declarações do Director Nacional da PJ sobre o caso Madie, o ainda ressoar das declarações, tão verosímeis quão bombásticas, do Bastonário da Ordem dos Advogados e mais recentemente a “luta” de interesses na capital sobre “quem, como e onde” ganhar dinheiro (do erário público) a atravessar o Tejo, acabaram por dissimular a questão e torná-la secundária (embora não se perceba se menos prioritária que as referidas), evitando-se, desta forma, mais “um caldo entornado”.
Mas apesar disso, houve quem não ficasse indiferente a esta problemática (se é que é controversa). E como em quase tudo (99,999%) o que potencia o “prós e contra” da polémica nacional e do confronto (normalmente inconsistente) fundamentalista neste país, lá se levantaram as vozes das ditas “prioridades” e do “anti-futebolês”.
É óbvio que o país tem necessidades e carências graves a necessitarem intervenção e solução prioritárias: a saúde, o ensino, a justiça, o emprego e a economia. São problemas de sobra para se resolverem e permitirem um melhor bem-estar social e desenvolvimento do país.
Mas também o são em relação ao TGV, ao novo aeroporto, a mais pontes sobre o Tejo, a um fantasmagórico choque tecnológico, a um novo canal generalista de televisão, à rede de televisão digital, etc. Porquê então tanta aversão ao futebol?!
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