Publicado na edição de hoje (28.02.08) do Diário de Aveiro.
Crónicas dos Arcos
Do oito ao oitenta!
Há na literatura e oralidade populares, bem como numa (ainda) religiosidade que caracteriza uma maioria do povo português, expressões míticas que espelham realidades e vivências: “pobreza franciscana” ou os “pobres de espírito”. Mas há igualmente uma realidade social que dispensa metáforas e alegorias, porque verdadeiramente autêntica e concreta: a pobreza. Aquela que se sente no dia-a-dia, em muitos lares deste país e, nomeadamente, na zona de Aveiro.
A mesma que é, curiosamente, o reflexo de um país de contradições.
Enquanto a economia regista uma revisão em alta de 0,1 pontos percentuais, a taxa de desemprego referente ao ano de 2007 regista o valor mais alto dos últimos 10 anos - cerca de 8% da população activa não tem emprego.
Enquanto a economia cresce dos 1,8% previstos para os 1,9% apurados (ainda muito abaixo da média europeia - o que nos coloca, continuamente, na cauda dos 27), é regular e sistemático (e infelizmente, cada vez mais habitual) o encerramento de pequenas e médias empresas, quando não mesmo, por distintas razões, grandes empresas e multinacionais. Aveiro, concretamente o seu distrito, é uma das referências estatísticas desta triste realidade. Um dos distritos com maior percentagem de encerramento de empresas (entre 2006 e 2007).
Enquanto se dispersa a atenção política para o novo aeroporto, a alta velocidade ferroviária e mais uma ponte sobre o Tejo (mais quilómetro acima ou menos quilómetro abaixo), gastando recursos financeiros em infra-estruturas desajustadas e longe das necessidades e realidades do país, Portugal ocupa o penúltimo lugar no relatório europeu sobre protecção social e inclusão social, analisados três grandes áreas sociais: desemprego, pobreza e insuficiência da assistência social. No referido documento, os dados estatísticos referem que mais de 20% das nossas crianças (em números reais, uma em cada cinco) estão expostas ao risco de pobreza.
Do oito ao oitenta!
Há na literatura e oralidade populares, bem como numa (ainda) religiosidade que caracteriza uma maioria do povo português, expressões míticas que espelham realidades e vivências: “pobreza franciscana” ou os “pobres de espírito”. Mas há igualmente uma realidade social que dispensa metáforas e alegorias, porque verdadeiramente autêntica e concreta: a pobreza. Aquela que se sente no dia-a-dia, em muitos lares deste país e, nomeadamente, na zona de Aveiro.
A mesma que é, curiosamente, o reflexo de um país de contradições.
Enquanto a economia regista uma revisão em alta de 0,1 pontos percentuais, a taxa de desemprego referente ao ano de 2007 regista o valor mais alto dos últimos 10 anos - cerca de 8% da população activa não tem emprego.
Enquanto a economia cresce dos 1,8% previstos para os 1,9% apurados (ainda muito abaixo da média europeia - o que nos coloca, continuamente, na cauda dos 27), é regular e sistemático (e infelizmente, cada vez mais habitual) o encerramento de pequenas e médias empresas, quando não mesmo, por distintas razões, grandes empresas e multinacionais. Aveiro, concretamente o seu distrito, é uma das referências estatísticas desta triste realidade. Um dos distritos com maior percentagem de encerramento de empresas (entre 2006 e 2007).
Enquanto se dispersa a atenção política para o novo aeroporto, a alta velocidade ferroviária e mais uma ponte sobre o Tejo (mais quilómetro acima ou menos quilómetro abaixo), gastando recursos financeiros em infra-estruturas desajustadas e longe das necessidades e realidades do país, Portugal ocupa o penúltimo lugar no relatório europeu sobre protecção social e inclusão social, analisados três grandes áreas sociais: desemprego, pobreza e insuficiência da assistência social. No referido documento, os dados estatísticos referem que mais de 20% das nossas crianças (em números reais, uma em cada cinco) estão expostas ao risco de pobreza.
Para continuar a ler AQUI.
PS - publicamente expresso a minha sincera homenagem a duas pessoas recentemente falecidas e que fizeram parte de um considerável período da minha vida, mesmo que em situações distintas: o Dr. Portugal da Fonseca pela amizade familiar (um abraço ao Zé, ao Júlio, à Raquel e ao Paulo) e a Dra. Manuela Seiça Neves pela excelente referência que guardo das suas aulas de francês (uma abraço à Vanda pelos tempos em que fui seu treinador no Esgueira).
1 comentário:
e esta, hein! www.forumpublico.blogspot.com
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