“Debaixo dos Arcos” foi, e ainda é, o primeiro blogue não virtual de Aveiro. Espaço de encontro, “tertúlia” espontânea, “diz-que-disse”, fofoquice pegada, críticas e louvores, ..., é uma zona nobre da cidade, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontram e conversam sobre "tudo e nada": o centro do mundo...

17 setembro 2006

Canelas também vem no mapa!

Mas parece que toda a gente a quer esquecer.
É preocupante, nos dias de hoje, a falta de solidariedade humana, social e cultural, visível no dia-a-dia.
Vivemos muito os nossos problemas individualizados. Somos muito fechados nos nossos “quintais” e preocupa-nos muito pouco a realidade vizinha, em muitos casos comum quer por questões naturais, quer geográficas.
O que é Aveiro?!
Uma cidade, no contexto nacional, média (ou nem por isso). Mas não é só.
É um concelho que merece mais atenção, sustentabilidade e desenvolvimento.
É uma região com potencialidades por desenvolver e projectar, ao nível da inter-municipalidade (GAMA), da potenciação de recursos: mar, a ria, a serra e a ria. Culturas interligadas pela proximidade ou modos de vida idênticos.
A obsessão pelo individualismo, pelo narcisismo e o desprezo pelos outros, tem, nos dias de hoje, contornos preocupantes.
Daí que não posso, deixar de me preocupar com a triste situação ambiental de Canelas (Salreu-Estarreja).
Logicamente nada me preocuparia se não fossem os alertas e “gritos” de desespero que o caríssimo Abel Cunha
tem deixado no seu Noticias da Aldeia.
Já não bastavam os problemas graves, e ainda por solucionar, relacionados com os despejos de lamas domésticas e industriais a céu aberto e com a passividade das entidades responsáveis, vem agora esta notícia do Diário de Aveiro e este grito de revolta, com a descarga de poluentes na NOSSA RIA, que matou milhares de peixes.
Canelas também tem direito à revolta e a viver em qualidade.
O problema de Canelas e da Ria é também tem que ser nosso.

1 comentário:

AC disse...

Olá Miguel,
desde já bem haja pela ajuda prestada a Canelas. O que lá se vai passando é indiscritivel. Perante a passividade geral, os camiões continuam a depositar muitas toneladas das lamas sem que alguém tome uma qualquer medida efectiva.
Todos vão manifestando a sua hipócrita preocupação, Junta de Freguesia, CME, mas, medidas para parar as descargas, nada.
Sabe-se que uma pessoa da CCDRC da delegação de Aveiro, concluiu que as lamas não têm análises, que são domésticas e industriais, que a empresa transportadora apresentou à GNR análises que não correspondem às lamas depositadas - falsas portanto - que as quantidades são excessivas mas, de concreto para parar as descargas, nada.

Encontro-me em Lisboa desde a passada sexta-feira e não tenho acesso ao mail pelo que só amanhã, o conseguirei fazer.
Grato pela ajuda.