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20 julho 2006

Centralizar Aveiro


Publicado na edição de hoje (20.07.2006) do Diário de Aveiro.

Pensar Aveiro IV
Marcar um claro centralismo.


Depois do diagnóstico feito nos artigos anteriores, a melhor forma que Aveiro tem em marcar o seu centralismo estratégico, passa pela responsabilização de todos.
Cidadãos numa eficiente intervenção com forte espírito de cidadania.
Agentes económicos, com estratégias fortes, com apostas na qualificação dos seus quadros, em inovação e ideias criativas.
Instituições sociais mais interventivas na sociedade.
Políticos com um sentido regionalista, motivados pelo desenvolvimento sustentável da região de Aveiro, com capacidade de intervir, planear, motivar e gerir, acima de “tacanhos” partidarismos.
E para que estes pilares da sociedade anónima, económica e política se interliguem, coabitem e se co-responsabilizem, quem tem mais poder, maior responsabilidade e um papel mais preponderante, tem claramente que dar o exemplo.
E este exemplo vem pelo o uso eficaz do associativismo e cooperativismo intermunicipal.
Por tudo isto, é evidente e necessário fortalecer e estruturar a Grande Área Metropolitana de Aveiro - GAMA, a Associação dos Municípios da Ria – AMRIA e a Região de Turismo da Rota da Luz.
Nestes três vectores institucionais reside a capacidade da Região de Aveiro (actual distrito) conseguir adquirir o peso político e estratégico que lhe é devido. Reside a capacidade de motivar as pessoas, de criar um novo “bairrismo” que promova e defenda a região e, igualmente, a capacidade de congregar convicções, culturas e objectivos em torno do fortalecimento dessa mesma região.
Hoje, a intermunicipalidade e a flexibilidade das fronteiras geográficas e concelhias é uma realidade em permanente despontar.
O desenvolvimento das infra-estruturas (transportes públicos– água – saneamento – acessos), estando relacionado com a expansão das zonas urbanas e ás necessidades de mobilidade entre as diferentes actividades humanas, aumenta a necessidade do associativismo.
Num período em que o referido desenvolvimento aplicado à região é de enorme importância para o seu equilíbrio e para a qualidade de vida dos seus habitantes, é necessário pensar no seu ordenamento tendo em conta uma política de interesse colectivo economicamente viável, socialmente aceitável e respeitador do ambiente.
Assim sendo, a GAMA deve procurar consolidar-se institucionalmente para melhor resposta poder dar a estes desafios que se avizinham.
Estes poderão passar pela descentralização de competências organizativas e legais para os municípios, através da sua macro-estrutura associativa e que sirvam a defesa dos interesses das populações que, no caso concreto, ronda os 430 mil habitantes, fruto da integração de doze municípios (dos 18 que compõe o actual distrito de Aveiro – Águeda, Albergaria-a-Velha, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Oliveira de Azeméis, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga Vagos e Vale de Cambra), através da capacidade de atrair investimento e riqueza, de gerir as potencialidades que a região comporta, de criar estruturas e estratégias comuns que diminuam custos de financiamento de infra-estruturas e valorizem recursos.
Como exemplo da necessidade de se estabelecer objectivos e um plano de crescimento social e económico, a estratégia comum poderá passar pela qualificação e formação de recursos, por uma aposta na inovação e na tecnologia (aproveitando a capacidade indiscutível da universidade de Aveiro), pela atracção de investimento (aproveitando o dinamismo e know-how da AIDA), pela diversidade cultural e pela projecção turística, uma riqueza evidente desta região, através do reforço da importância da Região de Turismo.
Há factores que, ultrapassando os limites concelhios, as convicções partidárias e o isolamento estagnante, devem ser aglutinadores de compromissos e objectivos comuns: a proximidade geográfica dos municípios; a referência ambiental do Atlântico, do Rio Vouga e da Ria de Aveiro; a história política comum de pertencerem há longas décadas ao mesmo distrito e o cooperativismo já estruturado da Região de Turismo, da AMRia, do Carvoeiro, do Baixo-Vouga, etc.; o posicionamento estratégico do IP5 e da projecção económica do Porto de Aveiro e, por último, a influência e o peso na inovação e tecnologia que a Universidade de Aveiro (e seus pólos) exerce na região e no país.
E há igualmente os novos desafios. A capacidade de contrariar um “obscura” regionalização que limita o desenvolvimento destas áreas de objectivos conglutinados e torna o país e as regiões mais pobres e assimétricas, bem como a importância da plataforma logística de Aveiro, integrada na clara e relevante ligação Aveiro – Salamanca – Europa do TGV.
Mas Aveiro é uma região potencialmente mais forte. Para além da sua capacidade inovadora e tecnológica, industrializada, portanto, economicamente sustentável, tem duas riquezas naturais que tem de explorar e desenvolver: a Ria e o turismo, agregado ao mar, ao rio, à ria e à serra e à diversidade rica na cultura e gastronomia das suas populações.
A Área Metropolitana de Aveiro não pode significar a perda de fundamento e significado da AMRia e da Região de Turismo da Rota da Luz.
A GAMA tem que ser, sem excepção e retórica, o motor da preciosa actividade e especificidade de gestão de áreas específicas como a Ria (ambiente) e o Turismo.
É importante a cooperação intermunicipal de todos sem excepção. Mesmo aqueles que não usufruem directamente, por exemplo, da ria. Mas que numa perspectiva mais abrangente, beneficiam da sua importância e relevo para o desenvolvimento sustentado da região.
A AMRia tem um papel preponderante na capacidade de proporcionar e gerir projectos importantes para a região, numa interligação forte entre o Homem, os Lugares e a Ria.
Tem a capacidade organizativa e legal de gerir os recursos ambientais e a sobrevivência da ria e das suas zonas lagunares, como é o exemplo do esforço recente na reconversão da Pateira de Fermentelos.
A Região de Turismo da Rota da Luz (ou outro nome que o actual executivo queira determinar) tem a oportunidade de ter na sua gestão pessoas de uma experiência notável (Dr. Pedro Silva e Eng. Vítor Silva, entre outros).
Tem a oportunidade única de cultural e ambientalmente, congregar todos os municípios numa vontade única: potenciar turisticamente a região. Sem excepções e sem privilégios. Ligando a Serra e o Mar, o Rio e a Ria, como um todo. Provavelmente, potenciando investidores e projectos, reforçando a sua capacidade de intervenção e de estratégia, evitando a perda da sua influência, como recentemente aconteceu, com o incrível e perplexo caso da não inclusão da Ria de Aveiro no Plano Estratégico Nacional de Turismo (PENT). Reflexo claro do que no artigo anterior se alertou (embora não inédito) para a falta de peso político e estratégico de Aveiro, no contexto, desenvolvimento e realidade nacionais.
Passando igualmente por motivar a população limitada pela sua zona de influência a descobrir a região de Aveiro (há muita e muita gente que não conhece a região onde vive, a sua história e costumes, a sua realidade actual e o seu futuro) e, obviamente, potenciar a região no contexto turístico nacional e internacional, no caso concreto junto da vizinha Espanha (o nosso potencial cliente turístico).
A região de Aveiro tem que ser pensada sem complexos e sem constrangimentos políticos. Tem que ter uma política abrangente, congregadora de vontades e comum nos objectivos e princípios de desenvolvimento.
Tem que pensar como um todo.
Tem que repensar a sua posição no futuro da regionalização.
Aveiro tem que ganhar “peso” e capacidade centralizadora.
Já bastou “perder” a influência da Região da Bairrada, com a opção da Mealhada pela Área de Coimbra e a indecisão de Anadia (e que não deve ser difícil de adivinhar o seu desfecho), a influência industrial de Águeda e S. João da Madeira, a estratégia e cultura de Arouca, Castelo de Paiva e o eterno desprezo de Espinho.
Aveiro pode ser muito forte. Haja vontades.

11 comentários:

Terra e Sal disse...

Condados Migas:
Um bocadinho extensivo para o seu género, que não o meu.
Mas interessante o raciocínio.
Você volta e meia, lá vem como o S.to Agostinho, pregar aos peixes…

Ainda não se apercebeu que nós por cá somos uns desinteressados, uns acomodados…
O que queremos e pedimos à Senhora de Fátima é que o “Jardel” não se “pire,” e depois logo a seguir, a nossa ambição é ter por aí uns bons sítios para se beber uns copos, enquanto a crise não passa…

Temos de viver assim…
Somos uns enjeitados, você ainda não se apercebeu?
Já viu que 50% dos concelhos já nos largaram de mão, e antes se quiseram entregar ao “Nada” do que a nós?

E descanse, os outros só estão à espera de ver em que param as “modas”…
Todos eles nos trocaram por nada, já viu?
Não têm confiança em nós, e nada podemos contra isso, não conseguimos nem fomos capazes de os convencer de lhes inculcar isso, no coração...
A verdade é que até nós não nos convencemos muito das nossas capacidades...

E depois, e sei que você não gosta que lhe diga, quando aparece por aqui alguém mais “iluminado” e nos tenta meter no percurso correcto, é corrido à pedrada…
Mas isso agora não interessa, são águas passadas…

Tenha calma que a fome está a cercar-nos cada vez mais…
Ela infelizmente há-de vir a ser tão grande, que um dia destes acabam-se as regionalizações, acabam os TGV, as Otas e outros quejandos.
Vai ser preciso poupar tanto, que cá para mim vão-se os bairrismos, os concelhos, as regionalizações, as reivindicações, os protestos, vai tudo de “vela”
O melhor era transformar o distrito num “Condado”…

Já viu o dinheiro que se poupava com isso?
Um concelho aqui, e a meia dúzia de metros mais um, e mais um… e outro ainda…
Cada um com os seus “afilhados” as suas despesas fixas, acrescentando a tudo isso, ainda a sua tacanhice congénita…
Cite-me aqui no distrito, presentemente, um presidente de uma edilidade, um Vereador, um membro ou administrador de uma E.M. que se tenha destacado profissionalmente na “vida civil”.

Só lérias meu Amigo, cada um procura prestígio e um ganha pão que eles julgam prestigiante.
O “José Estêvão” se cá viesse meia dúzia de dias, corria-os ao pontapé e desterrava esta gente toda para uma África qualquer...

Mas como agora não temos Africas, olhe iam ali para o Alentejo, mas para o Alentejo profundo,para não chaterarem, e entretinham-se a tomar conta das “varas”

O que precisávamos mesmo era de um Condado, Caro Migas…
Até ficava feliz que o meu amigo fosse armado Cavaleiro, Conde, Duque ou Marquês, e o governasse…

O que eu queria era pagar menos taxas e impostos, é que ando a manter muita gente à boa vida, e burros que se fartam, e eu estou a ficar um bocado à míngua

Assim só tínhamos de o manter a si e à sua família (com o devido respeito por ela) por acaso pequena, estou a levar isso em consideração ao sugerir a ideia aos Aveirenses…

A não ser que, você entusiasmado com a nobreza da distinção, fizesse como o Senhor Duque de Bragança e nos presenteasse com mais meia dúzia de herdeiros…

Bem, aí também era simples.
Líamos a história do “Gravito” e do Marquês, e alguma ideia havíamos de ter para si, para resolvermos o problema.

Um abraço para si, distinto "Marquês"

Migas (miguel araújo) disse...

Caro Terra&Sal
Ainda o vou ver a escrever por estas bandas (ou pelas suas) uma declaração pública de arrependimento.
Do género: andava mesmo na lua (hoje comemora-se a primeira pisadela lá no solo) para me pôr a meter minhocas na cabeça daquel rapazola do Migas.
É que com tanta vontade expressa, ainda começa a ter umas ideias...
As eleições são só daqui a três anos. E como voa o tempo.

E como gostaria a minha maezinha de ver o filhote armado em Conde (para não dizer, armado aos cágados), ela que é toda monárquica por convicção (e segundo as crónicas enraízadas, também por génese).

Quiçá, um dia veremos renascer das cinzas os Duques de Aveiro, a vingar tão malvatez lisboeta de um Marquês artificial.

E para terminar, com pedradas ou sem elas, subtilmente atroz, como sempre nos habituou.
Um real abraço

Francisco Dias disse...

Caro Miguel,

O posicionamento está correcto, e os problemas estão identificados. Não duvido minimamente que Aveiro tem um potencial fantástico, até pela sua localização geográfica. Mas sem ser resolvido o problema nacional de fundo, a reforma da autarquia pública, nunca poderemos ter a ambição de desenvolver qualquer plano estratégico. Por uma razão muito simples: não se pode gerir o que não se pode medir (conceito básico de gestão de P.Drucker). E num país onde o Estado nem sequer controla o seu número de funcionários internos, parece-me demasiado ambicioso falar em PENT's ou qualquer outro plano de desenvolvimento.

Aliás, permito-me dizer, com algum conhecimento de causa, que o PENT não é em si mais que um manifesto de vontade do estilo "em 2015 queremos que o turismo seja". Agora, como vamos competir com outros destinos emergentes, como vamos ultrapassar a dependência que temos de 4 ou 5 mercados (que são os problemas estruturais que o nosso sector tem) já nada é referido.

Permita-me incluir uma observação à sua conclusão: haja competência. De vontades estamos todos um pouco cansados.

Um abraço.

Migas (miguel araújo) disse...

Viva Francisco.
Bem vindo
O mundo é mesmo pequeno.
Ainda há ns anitos atrás te via de calções e agora já crescidinho e doutor feito.
É nestas alturas que compreendo os que me são mais velhos e entravam em casa dos meus pais a dizer: miguelinho como estás crescido! E eu lá tinha de fazer aquele sorrizinho amarelo, como que a responder: que queria?! que andasse sempre de fraldas e chupeta, era?!
Não vale agora fazeres o mesmo. Isso é pura vingança.
Quanto ao teu comentário, digo-te que concordo inteiramente contigo.
A descentralização de competências autárquicas tem que ser uma realidade e urgente e não este triste espectáculo de transferências de verbas (financiamento autárquico) que não estruturam o papel autárquico.
Por outro lado, o que dizes em relação à competência é outro aspecto fundamental, no entanto, parece-me que não existe, a par dessa realidade que abordas, vontade para mudar, para exigir e para trabalhar.
Um grande abraço

AC disse...

Caríssimo Miguel,
Perdoe-me o desassombro, mas o artigo do jornal de Aveiro classifica-se como conversa da treta e manda-se arquivar por falta de interesse prático.

A nossa história demonstra que enquanto povo, somos perfeitamente incapazes de construir uma sociedade melhor. O país foi e será, uma coutada de meia dúzia de indivíduos divididos entre políticos e financeiros, que trabalham em proveito próprio.

Para o povo, o país está falido desde sempre. Sem querer generalizar e salvaguardando as excepções, a classe política foi, e é confrangedora, constituindo-se por indivíduos medíocres que acharam um meio de governar a vida sem grandes canseiras. A estratégia de governação desde há 25, 30 anos é somente uma: Tributar os pobres e distribuir pelos ricos. Veja como os nossos salários são os mais baixos da Europa (EU), os nossos preços e impostos dos mais elevados, enquanto o retorno do estado para os cidadãos tende para o zero. Repare como foram gastos, diria até, distribuídos entre os do costume, os milhões das ajudas comunitárias. Veja quanto paga a banca de impostos, ou os grandes merceeiros e quejandos.

Os ricos, são sempre os mesmos. Veja como os Espírito Santo e os Melo, voltaram a ser, donos do país, agora ainda mais ricos.

O meu mais de meio século vivido, fez-me há muito perceber que trabalhamos para sustentar uma classe dirigente que vai mantendo o gado eleitor na linha com discursos de fazer sacrifícios para construirmos um futuro melhor. Acredito que os ditos senhores estejam a falar do seu próprio futuro, porque o nosso, o do povo que trabalha e passa mal, o futuro é hoje.

Por isso, em meu entender, o artigo em post, é mais um discurso sem aplicabilidade, igual a tantos outros que como este, foram inconsequentes.

Um mérito, como neste país, identificada a questão, está resolvido o problema…..

Cpts, e desculpas pelo mau feitio.

AC disse...

Caro Miguel, não sei se o artigo é de sua autoria, percebi agora que escreve no jornal.
Bom, em qualquer caso, nada muda. Poderemos empenhar-nos - alguns - a tentar mudar as coisas mas, acabamos esmagados pela impossibilidade de mudar o que quer que seja. Acabamos nós mudados. Aos 2o anos, acreditamos que conseguimos mudar o mundo, aos quarenta achamos que o mundo já nos mudou, e aos 6o, queremos que nada mude.
Cpts.

Anónimo disse...

Não cabe também no alentejo um imbecil pretensioso, um pateta que arrota na blogosfera, pois ninguém lê e ouve o aleijado noutro lado?

Migas (miguel araújo) disse...

Caro AC
O artigo é de facto meu. O que não tem que significar literalmente nada em relação aos seus comentários.
No entanto, acho que o que está em causa é muito mais que politiquice barata ou partidarices doentias.
É uma questão de bairrismo. Bairrismo simples e puro.
Pela dignificação de uma região.
Pela dignificação da sua posição e do relevo que tem.
Pela sua potencialidades.
É uma questão de dever cívico e regional, contrariando-se tudo o que inumerou e que nos leva à assimetria nacional, ao aumento da pobreza.
E a responsabilidade não pode ser só política.
tem que ser de todos nós, com«ngregando esforços, saberes e vontades.
Como o seu trabalo cultural, por exemplo.
Vai-me dizer que é da treta?!
Claro que não.
Cumprimentos

AC disse...

Caro Miguel,

A questão de fundo é que o nosso povo tem pouca consciência da sua realidade e talvez por isso, deixou-se enredar num sistema político, tomado de assalto por indivíduos pouco recomendáveis, que nos têm em conta apenas em três situações:

1. Pagar-mos o imposto decretado.
2. Votar, para legitimar o sistema.
3. Morrer depressa, logo que deixemos de trabalhar.

Estou de acordo que a nossa região tem imensas potencialidades – sejam elas agrícolas, paisagísticas, biológicas, turísticas ou outras – eu próprio me vou batendo ao tentar despertar as gentes da minha aldeia para esta realidade, mas, diz-me a experiência, que é tempo perdido e por isso, as minhas expectativas são baixas.

Deveria-mos aspirar a um turismo de qualidade. O que determina a autarquia? Que os bares estejam abertos toda a noite, - porque a região está a perder quota no turismo – eventualmente, atraindo assim o turismo indesejável. Este é o tipo de decisão que detentores do poder, sem qualquer ideia ou estratégia para um país ou uma região, tomam como se de um copo se tratasse.

Sabe o que é que está a acontecer aos terrenos aqui da zona lagunar do baixo Vouga? O estado está a comprá-los aos agricultores a vinte cêntimos o metro quadrado. Está a ver o que é que vai acontecer a estes terrenos. O Alqueva revisitado.

Será da idade, mas sou muito pessimista. O seu apelo aos cidadãos, aos agentes económicos e aos políticos para se unirem em torno de um projecto de desenvolvimento, não passará exactamente disso mesmo, porque o povo está demasiado ocupado com telenovelas e futebol, os agentes económicos praticam o liberalismo “liberal” de deitar mão a tudo que puderem e os políticos…., mandam abrir os bares até às 4:00 da manhã.

Entenda assim a minha “treta” como o sentimento de que neste país, nada que vise a elevação da qualidade da nossa vida será prioritário.

Tento também não fazer política, cara ou barata. Há muito que não cumpro a segunda vontade do poder. Nos meus mais de 50 anos de vida, nunca ouvi um político comprometer-se com a elevação geral da qualidade de vida dos portugueses.

Só para amenizar; com o nível cultural, técnico, de competência, transparência, capacidade de gestão entre outros, que os ditos têm demonstrado, a fazer-mos política, teria de ser mesmo barata.

Cpts.

Migas (miguel araújo) disse...

Meu Caro Abel
Só pode ser mesmo a idade a afrouxar-lhe a capacidade (que a tem) de intervir e lutar.
Não deixo de exercer o 2º poder. A menos que me tirem esse direito. As convicções são minhas, independentes do panorama política e da sua conjuntura.
É certo que vão longe os meus momentos de militância activa e participativa (nalguns momentos até demasiadamente). É certo que para essa "guerra" eu já dei.
Mas há um outro princípio que a vida nos vai limando e colocando responsavelmente à nossa frente: A participação na vida... o nosso dever de cidadania.
Não tem nada a haver com a participação de Manuel Alegre nas presidencias.
É a nossa forma de contribuirmos para ao desenvolvimento da nossa sociedade, da nossa região, dos nosso empregos e do nosso bairro ou lugar.
Mesmo que, contra tudo e todos.
Senão... vejamos!
Porquê particpar aqui neste espaço, no seu e em outros semelhantes. Para além das cores partidárias e das convicções político-ideológicas.
Quer melhor exemplo?!
Quer melhor exemplo do que a sua vontade de não deixar "morre" a cultura d Canelas e da região?!
Isso também não é participar?!
Afinal, meu caro... vocemecê também é político e com mutia garra.
Cumprimentos

Anónimo disse...

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