“Debaixo dos Arcos” foi, e ainda é, o primeiro blogue não virtual de Aveiro. Espaço de encontro, “tertúlia” espontânea, “diz-que-disse”, fofoquice pegada, críticas e louvores, ..., é uma zona nobre da cidade, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontram e conversam sobre "tudo e nada": o centro do mundo...

03 março 2006

Por falar em Co-Incineração

É o mesmo que, no sentido mais abrangente, falarmos de Reciclagem.
E por falarmos em reciclagem... Era bom que o CDS.PP pensásse seriamente em reciclar a sua liderança.
Sou, por convicção, centrista. Não o sou por rebanhismo ou carneirismo. Por outras linhas, não sou "maria-vai-com-as-outras".
E, pessoalmente, não me parece que o lider do cds.pp tenha carisma de liderança, acrescentando alguma incapacidade de gerir os momentos políticos e a oposição governativa.
Falamos muito sobre o MNE, mas, pelo nosso lado, não fugimos também à regra.
É melhor não falar, do que falar para não dizer nada ou dizer asneira...
Já o referi aqui aquando da sua irracional observação sobre o terrorismo.
E não me parece que o Dr. Ribeiro e Castro esteja a ter cabal oportunidade de oposição ao governo do PS, com o simples facto de por tudo e por nada vir contestar e criticar.
Foi o dizer e desdizer sobre a gratuidade da saúde (aqui espelho claríssimo do comunicado e da justificação do comunicado do MNE). Foi um claro "meter os pés pelas mãos".
Foi a recente referência "hollywodesca" à co-inceneração, achando que Sócrates é o verdadeiro tarzan deste polémico processo ambiental.
Estar contra é uma opção política que deve ser sustentada em convicções, fundamentos válidos e acima de tudo alternativas coerentes e racionais.
E infelizmente é isso que tem faltado às intervenções do lider centrista: coerência política, crítica racional, fundamentada em alternativas válidas, capazes de se tranformarem em verdadeira oposição.
Correndo o risco de os 5% se tornarem uma miragem, no final dos próximos 3 anos de difícil desafio de oposição governativa.

2 comentários:

Carlos Martins disse...

caro migas,

em nada me oponho ao seu centrismo, pelo contrário. é precisamente do pluralismo e diversidade do CDS-PP que surge a nossa enorme e inquestionável força ideológica, inexistente em outros partidos com maior numero de militantes. é isso que permite que o debate interno do CDS-PP seja sempre frutuoso e elevado. também é por isso que somos não raras vezes considerados o melhor partido em termos de ideias, que costuma ter razão antes do tempo.

porém, com toda a legitimidade democrática que admito à crítica ao líder do partido, não concebo o que se tem passado ultimamente. Também sou da opinião que este líder tem falta de carisma, ou talvez lhe chame a pitada de populismo que a política portuguesa exige. todavia, o constante minar do trabalho desta comissão politica nacional não é saudável. o presidente foi eleito em congresso e confirmado pela primeira vez no partido, em eleição directa pelos militantes. a sua legitimidade é clara, como nunca antes um líder do CDS-PP teve. há uma sede própria para lançar alternativas à liderança, e é o congresso nacional. as críticas sao sempre bem-vindas, desde que construtivas, mas não sou adepto da minagem constante. há muito trabalho de fundo, pouco visivel que tem sido feito, talvez como ha muito nao se assistia por estes lados. mas é preciso união, mesmo na diversidade. na diversidade política e ideologica, nao na divergencia puramente pessoal. que fique bem claro que não estou de modo algum a querer retirar-lhe legitimidade para este post, antes alertar para outras manobras que têm ocorrido e que em nada ajudam o partido a remar para o mesmo lado.

saudações populares.

Migas (miguel araújo) disse...

Caro Carlos
Inteiramente de acordo contigo, quanto ao teu comentário. Até porque pelos vistos estamos em alguma sintonia.
No entanto deixa-me referir que o meu post não tem nada a haver com desunião e tentativa de minar o partido.
Sou e espero continuar a ser centrista por convicção e não por quem lá está ou não está.
A minha não militância activa nesta data, não significa que não viva o partido ou que o tenha abandonado. Pelo contrário... permite-me ver com alguma tristeza que precisamos de uma melhor definição e combate político.
E como tu o dizes... somos um partido muito livre e "liberto", por isso dei voz público a este meu sentimento.
Não por intriga ou mal-dizer, mas por sinceridade "preocupativa".
Um grande abraço