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28 dezembro 2005

Alergia esquerdina!

As recentes declarações de Cavaco Silva sobre a hipotética secretaria de apoio ao investimento estrangeiro em portugal, parecem ter desenfreado uma alergia esquerdina, contangiante e frenética.
Para quem depende politica e directamente do governo, do partido do governo e dos outros partidos que apoiam as candidaturas de esquerda (excepção honrosa para Manuel Alegre) - veja-se os orçamentos das respectivas candidaturas - as palavras de Cavaco Silva foram recebidas como "maná celeste", numa pré-camapnha pobre de ideias e vazia de propostas válidas para o país.
Quem legitimou as referidas candidaturas de esquerda, para em nome de muitos portugueses (pelas recentes sondagens, mais de metade, isto é, a maioria) vir afirmar que o que portugal precisa é de um presidnte 'não-faz-nada', estático, indiferente, mudo e não interventivo?! E porque não dizê-lo, interferindo (no sentido crítico) com as acções governativas e legislativas?!
É essa uma das razões porque muitos, mesmo muitos, dos portugueses já elegeram o seu candidato.
À falta de emoção na campanha, que a quadra natalíca esmoreceu, a obsessão pelo provável vencedor presidencial, continua a mostrar uma esquerda sem conceitos e argumentação válida e sustentável. Com um aspecto novo: desta vez unida nas críticas a Cavaco Silva (aliás a sua única união).
Que legitimidade na argumentação de interferência governativa na simples sugestão de cavaco silva, têm os candidatos de esquerda?
Soares foi a denominada 'força de bloqueio' ao governo de Cavaco Silva. Um mero exemplo, a não aceitação da orgânica do governo de Cavaco Silva em 95, quando este propôs o nome de Fernando Nogueira para vice-primeiro ministro.
Manuel Alegre dissolveria a assembleia (provocando a queda do governo e novas eleições) se o governo legislasse no sentido de privatizar as àguas.
Louçã e Jerónimo, nada mais fizeram até à data, nesta campanha, do que criticar as acções do governo socraísta.
Já o actual PR, não interferiu na esfera governativa aquando da demissão do ministro António Vara (para sermos pluralistas e não facciosos) ou da aprovação dos orçamentos para 2005 e 2006, com directrizes muito específicas para o governo?!
Uma simples sugestão de Cavaco Silva, sustentada em exemplos europeus, é uma interferência governativa, ou como alguém apelidou de 'golpe constitucional'.
Felizmente já vão longínquos os tempos em que o eleitorado não pensava... 'rebanhava'!

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